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28/12/2014 - 01h30

Apartamentos de até R$ 255 milhões em NY atraem brasileiros 'exigentes'

GIULIANA VALLONE
DE NOVA YORK

O mercado imobiliário de alto luxo em Nova York está a todo vapor. As vendas de apartamentos acima de US$ 10 milhões (R$ 27 milhões) na ilha de Manhattan subiram quase 80% em 2014, segundo estudo da CityRealty, imobiliária que compila dados do setor.

Ao todo, a estimativa é que tenham sido vendidas 220 unidades no segmento neste ano, contra 123 em 2013. Em relação a 2010, o crescimento é ainda mais expressivo: 168%.

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"Nova York sempre foi conhecida por prédios antigos. Agora, a cidade está cheia de edifícios novos em áreas nobres", diz Cristiano Piquet, da Piquet Realty, empresa especializada em vender imóveis para brasileiros nos EUA.

Das torres que surgiram e se destacam no horizonte de Manhattan, estão os prédios milionários One57, no lado oeste da cidade, e o 432 Park Avenue, no leste. Os preços das unidades variam de US$ 16 milhões (R$ 43 milhões) a US$ 95 milhões (R$ 255 milhões).

Entre os motivos que fazem os compradores desembolsarem milhares de dólares estão a vista privilegiada, e, em segundo, a oferta de serviços de hotel cinco estrelas.

Os dois edifícios já tiveram compradores brasileiros. Segundo os responsáveis pela venda das unidades, os investidores do Brasil tendem a ser mais exigentes em relação aos serviços oferecidos.

"Nós sentimos que o mercado de luxo no Brasil é mais exigente. Os brasileiros procuram experiências autênticas e inovadoras, além do luxo em si", afirma Richard Wallgren, vice-presidente executivo de vendas da Macklowe Properties, dona do 432.

NAS ALTURAS

O morador do 432 Park Avenue, com entrega prevista para 2015 no leste da ilha de Manhattan, poderá tomar café com visão panorâmica dos mais de três quilômetros do Central Park.

Prédios icônicos da cidade, como o Empire State e o One World Trade Center, o rio Hudson e a vizinha Nova Jérsei também estarão no radar.

Do arquiteto uruguaio Rafael Viñoly, o projeto é hoje o maior edifício residencial do Hemisfério Ocidental, com 425,5 metros de altura e 96 andares. Todos os cômodos têm janelas de três metros de altura e de largura, permitindo, por exemplo, que o morador tome banho observando a cidade.

No One57, que tem 306 metros de altura e é o segundo maior prédio residencial da cidade, a vista privilegiada também é um dos principais atrativos. O projeto é do francês Christian de Portzamparc.

"Começamos a vender há dois anos e nunca fizemos publicidade. Nossos clientes foram atraídos pelo boca a boca e pelo impacto gerado no horizonte da cidade", afirma Graham Spearman, executivo de vendas do edifício.

Mas nem só de vistas panorâmicas vivem os milionários de Nova York. Os prédios oferecem ainda serviços de hotel cinco estrelas -outro diferencial do mercado de alto luxo.

"A piscina é a comodidade mais buscada, mas não basta. Você tem que ser muito mais criativo."

No caso da piscina, é possível ouvir, de baixo d'água, uma trilha sonora selecionada pela equipe da sala de espetáculos Carnegie Hall. "O segredo está nos pequenos detalhes", diz Spearman.

Nos andares mais baixos do One57 está instalado o novo hotel Park Hyatt Nova York, o que aumenta a oferta de serviços. Ao todo, os moradores terão acesso a duas academias, spa, biblioteca, cinema, restaurante e serviços de concierge e de quarto.

Já o 432 Park Avenue reserva cerca de 3.000 metros quadrados dedicados às comodidades para seus moradores, além do serviço de quarto, limpeza e concierge.

A gama de serviços é um chamariz para os brasileiros, segundo Spearman. "As expectativas deles sobre serviços são muito mais altas do que a da média dos americanos, porque serviços domésticos são mais fáceis de conseguir no Brasil do que aqui", diz Spearman.

Cristiano Piquet, da Piquet Realty, diz que fechou recentemente a venda de uma unidade no One57 a um brasileiro, pelo valor de US$ 32 milhões.

Ele afirma, no entanto, que a demanda por imóveis em Nova York ainda é baixa em relação a Miami, na Flórida, centro dos negócios com compradores do país nos EUA.

"Nova York é para o público AAA. Os custos do metro quadrado na cidade ainda são três vezes maiores que em Miami", diz.

 

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