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13/01/2015 - 14h28

Construtoras reclamam de atrasos nos repasses do Minha Casa, Minha Vida

DOUGLAS GAVRAS
DE SÃO PAULO

Atualizado às 20h38.

O governo continua atrasando os repasses devidos às construtoras que operam no programa Minha Casa Minha Vida, de acordo com o Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo).

Segundo a entidade, as construtoras com obras contratadas do programa receberam entre 26 de dezembro e 2 de janeiro somente uma parcela dos valores referentes a dezembro.

"Foi possível pagar o 13º salário dos trabalhadores ainda em 2014. Mas esses atrasos têm se tornado recorrentes e geram insegurança crescente, porque não temos garantia do que vem pela frente", diz o vice-presidente de Habitação Popular do Sinduscon, Ronaldo Cury.

O Sinduscon diz que os atrasos nos pagamentos começaram em outubro de 2013. As empresas do setor esperam se reunir com o novo ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSB), e com a equipe econômica do governo para tratar das regras da fase 3 do Minha Casa, Minha Vida.

EXPECTATIVA

Para seu novo mandato, a presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou que a meta do governo é contratar 3 milhões de novas unidades habitacionais até o final de 2018.

Presidente da Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), Walter Cover estima que cerca de 7% das vendas de materiais de construção em 2014 foram para as unidades construídas por meio do Minha Casa, Minha Vida.

"Contamos com o aumento no ritmo de construção da fase 3 do programa para aumentar a venda de materiais de construção. Se for aprovada a construção de 600 mil casas neste ano, acho que as vendas em 2015 podem chegar a 10% do total esperado para o setor."

Segundo reportagem pulicada nesta terça-feira pela Folha, analisado de forma mais detalhada, o corte de verbas para os ministérios promovido pelo governo Dilma ameaça também o Minha Casa, Minha Vida, iniciativa tida como prioritária pela administração petista.

Para Cover, apesar da sinalização de redução de despesas dada pela nova equipe econômica de Dilma, a expectativa dos empresários da construção civil é que o programa ajude a melhorar os resultados do setor em 2015, após um 2014 de queda de cerca de 6% nas vendas.

"O programa é uma maneira de melhorar os resultados das vendas, e as mudanças anunciadas na economia podem fazer com que os empresários invistam mais", diz.

OUTRO LADO

À Folha, o Ministério das Cidades afirmou, por meio de nota, que o programa Minha Casa, Minha Vida não sofrerá cortes. "O Ministério das Cidades conta com recursos oriundos do exercício anterior que servirão para lastrear as operações do Minha Casa, Minha Vida no início deste ano."

Ainda segundo o ministério, nesta segunda-feira (12), foi liberado um total de R$ 150 milhões para o pagamento das empresas responsáveis pela construção das unidades habitacionais.

Roberto Stuckert Filho/Divulgação/PR
Presidente Dilma, durante entrega unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida, no Distrito Federal
Presidente Dilma, durante cerimônia de entrega de unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida, no Distrito Federal
 

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