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01/03/2015 - 01h30

Setor projeta redução de 10% em lançamentos de imóveis neste ano

DOUGLAS GAVRAS
DE SÃO PAULO

As construtoras deverão reduzir os lançamentos neste ano em São Paulo, após vendas mais fracas em 2014, que terminou com o maior nível de estoque de imóveis residenciais dos últimos dez anos.

Estoque recorde em SP cria oportunidade para comprar imóvel

Segundo estimativa do Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário), o número de novos empreendimentos na cidade deve diminuir 10% em 2015 na comparação com o ano passado.

Para as vendas, a projeção é menos precisa e considera tanto crescimento quanto queda de 10%, a depender da conjuntura política e econômica do país.

O setor está em alerta. Dados divulgados na última semana pela entidade mostram que a capital paulista encerrou 2014 com 27.255 unidades em estoque –aquelas que não foram vendidas até três anos após o lançamento.

Esse é o maior volume desde 2004, início da série histórica, e reflete a queda de 35% nas vendas do ano passado ante 2013. O total de imóveis em estoque teve alta mesmo com a queda do número de lançamentos na cidade.

NOVA ESTRATÉGIA

Para Claudio Bernardes, presidente do Secovi-SP, as incorporadoras devem, agora, privilegiar a venda de unidades "represadas" e lançar menos também neste ano.

Em 2014, foram postas à venda 31.679 novas unidades na cidade, 2.509 a menos do que em 2013.

"O número assusta, mas, com o mercado mais maduro, conseguimos absorver o estoque em menos tempo que no passado. É bom para o comprador, que encontra melhores preços e condições para negociar", diz Mirella Parpinelle, diretora de atendimento da imobiliária Lopes.

"A queda nas vendas também se reflete no setor de construção", pondera José Romeu Ferraz Neto, presidente do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo). "A demanda por imóveis é grande, mas o consumidor ainda não se sente plenamente seguro para comprar."

VALORIZAÇÃO MENOR

Em dezembro, a média do valor de metro quadrado dos lançamentos na capital paulista foi de R$ 9.300. O aumento real dos imóveis em relação a 2013 foi de 0,4%, comprovando a tendência de que os preços seguem colados à inflação, de 6,4% em 2014, pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

"Embora a oferta seja muito alta, a pressão de custo pelos valores dos terrenos e pelas regras do novo Plano Diretor faz os preços ficarem estáveis", diz Bernardes.

O setor aposta que os preços se manterão "comportados" ao longo de 2015 e sugere que o consumidor fique atento para oportunidades na hora de comprar, como os feirões de descontos promovidos pelas incorporadoras.

Editoria de arte/Folhapress
 

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