Publicidade
22/03/2015 - 01h30

Novo Plano Diretor de São Paulo cria oportunidade de negócios na Grande SP

DOUGLAS GAVRAS
DE SÃO PAULO

Pesquisar é a palavra de ordem para o comprador que busca um imóvel na Grande São Paulo. Com os preços altos na capital paulista e as regras de construção do novo Plano Diretor do município, as oportunidades de bons negócios podem migrar para as cidades vizinhas.

Imóvel na Grande SP é maior e custa menos que na capital

Para construtoras que atuam na região, como o mercado nessas cidades é menor, ele é também mais previsível e o lançamento de empreendimentos foi desacelerado antes do que em São Paulo, para evitar estoque alto.

Dados de 2014 do Secovi (sindicato do mercado imobiliário) mostram queda de vendas de 21% na Grande São Paulo contra retração de 35% na capital. Ao mesmo tempo, os lançamentos nos municípios vizinhos caíram 26%.

Em São Paulo, o sindicato estima que os preços subam até 5%, devido ao encarecimento da Outorga Onerosa –o valor pago pela empresa para construir prédios acima do limite permitido.

O plano delimita grandes edifícios ao redor de corredores de transporte e esses terrenos ficaram mais cobiçados pelas construtoras. Nesses locais será possível construir prédios com área até quatro vezes o tamanho do terreno.

No entanto, é importante o comprador se lembrar de que projetos aprovados sob as regras antigas não deixam de estar disponíveis agora.

O mercado estima que a maioria dos empreendimentos lançados até 2016 ainda siga as regras de construção de antes do Plano Diretor.

Para Claudio Bernardes, presidente do Secovi-SP, as construtoras já trabalham com um cenário de restrição. "O plano talvez tivesse que atrair as pessoas de volta para São Paulo, diminuindo o custo de produção e atraindo imóveis mais baratos", diz.

Entidades do setor avaliam que as regras do Plano Diretor mudarão a forma como o mercado planeja lançamentos e, assim, as cidades vizinhas receberiam empreendimentos que podem ficar inviáveis em São Paulo.

NOVAS REGRAS

O novo Plano Diretor de São Paulo, aprovado em 2014, incentiva a construção de imóveis com menos garagens no entorno de eixos de transporte, como linhas de metrô e corredores de ônibus.

O Plano também vai permitir a construção na cidade de prédios mais altos em áreas próximas dessas vias de transporte e limitar a altura das construções nos miolos dos bairros a oito andares.

Na visão do Secovi-SP, a tendência é que o preços dos terrenos nos eixos de transporte sejam pressionados e eles possam ficar mais caros.

Para o professor Valter Caldana, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie, o Plano muda as estratégias das construtoras. "Há empresas que estão se preparando, com produtos adaptados às necessidades de moradia e locomoção."

 

Publicidade

 
Busca

Encontre um imóvel









pesquisa

Publicidade

 

Publicidade

 

Publicidade
Publicidade

Publicidade


Pixel tag