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04/05/2015 - 16h23

Moradores de casas em ruas sem saída relatam diferentes experiências

DE SÃO PAULO

Com o objetivo de reunir moradores de vila insatisfeitos com a decisão sobre os portões, Eduardo Koch, 37, criou uma página no Facebook, chamada "Vilas com Portões". Em pouco mais de um mês tem mil seguidores.

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Para ele, o portão garante a segurança e a convivência. "Meu filho joga bola e fazemos churrasco com outros moradores. Temos médico, advogado e especialista em informática, cada um ajuda como pode. Já consertei até chuveiro de vizinho", diz ele, que mora em uma rua fechada na Vila Clementino (zona sul).

Karime Xavier/Folhapress
Eduardo Koch criou uma página no Facebook para reunir moradores de vilas insatisfeitos com a decisão sobre os portões
Eduardo Koch criou uma página no Facebook para reunir moradores de vilas insatisfeitos com a decisão sobre os portões

'O PORTÃO FICA'

Na vila de Marisol Clari, 46, no Paraíso (zona sul), os moradores conseguiram impedir a retirada do portão por fiscais, apresentando documentos que, segundo ela, comprovam a regularização.

"Estamos apavorados. Se a vila abrir, não vamos mais poder ficar conversando do lado de fora com os vizinhos, sentados nos balanços. Antes de colocar o portão, tinha gente que entrava aqui para usar drogas, se instalava e até passava as noites", reclama ela, cuja vila tem apenas seis casas. "Somos uma família", diz.

Eduardo Knapp/Folhapress
Na vila de Marisol Clari, os moradores apresentaram documentos comprovando a regularidade do portão e conseguiram impedir que ele fosse retirado por fiscais
Na vila de Marisol Clari, os moradores conseguiram impedir que o portão fosse retirado por fiscais

ABERTA E UNIDA

A vila de Poliana Sala, 37, no Itaim Bibi (zona oeste), é aberta. Mesmo assim, os moradores se conhecem e se ajudam. "A rua é sem saída, então quase não entram estranhos. Dá mais segurança."

Ela e as vizinhas Amiris Magdalena, Monica Matos, Marcia Simon e Ana Paula, criaram um grupo de WhatsApp para trocar informações: "Quando uma vai viajar, avisa, e as outras ficam de olho na casa. Um dia foram instalar meu ar-condicionado e eu não avisei. Quando voltei, os vizinhos já tinham ido até lá averiguar", conta Poliana.

Samuel Costa/Folhapress
Poliana (centro), Amiris Magdalena, Monica Matos, Marcia Simon e Ana Paula moram em uma rua sem saída e sem portão
Poliana (centro), Amiris Magdalena, Monica Matos, Marcia Simon e Ana Paula moram em uma rua sem saída e sem portão
 

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