Cotia abriga nova geração de condomínios horizontais
PAULA CABRERA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A referência de Cotia, na Grande São Paulo, em relação à oferta de condomínios, começou no distrito Granja Viana e seus casarões, em amplas áreas verdes e com boa infraestrutura.
Com a entrega do Rodoanel, que facilita a ligação da cidade com o interior e a capital, o número de empreendimentos cresceu, mas em versão econômica.
A oferta é de condomínios de padrão médio, com portaria e lazer, como piscina e quadra poliesportiva. Na cidade, hoje, é possível comprar um imóvel de 80 m² a partir de R$ 300 mil.
"Os condomínios horizontais predominam, mas com metragens menores para o terreno e a casa", diz Marina Ribeiro, gerente do grupo Novolar Imobiliária. "A mudança de perfil dos empreendimentos trouxe outros clientes."
Os novos moradores, em geral, vêm da zona leste e sul da capital e moravam em casas de rua. Há também compradores do ABC paulista e de Santos, regiões que, apesar de estarem próximas à capital, têm baixa oferta.
Thiago Fernandes Rocha, 33, diretor de uma empresa de tecnologia, mudou-se da zona sul de São Paulo para Cotia após sofrer um assalto na capital. "Minha mulher ainda trabalha em São Paulo e faz o trajeto em menos de uma hora. Eu trabalho em Cotia mesmo", diz.
Ele diz dispor de restaurantes badalados e boa opção de escolas, universidades e shoppings, mas queixa-se do atendimento de saúde na cidade. "Quando precisamos, vamos para a capital."
Em 2014, foram à venda 691 lotes em dois empreendimentos de alto padrão em Cotia.
"Como a Grande São Paulo tem poucos loteamentos novos à venda, Cotia se destaca", diz Flavio Amary, vice-presidente do Secovi. Segundo ele, as restrições no financiamento de imóveis, sobretudo de usados, favoreceu o segmento.
OUTRAS CIDADES
Conhecida pelos condomínios luxuosos como os de Alphaville, a cidade de Barueri teve 37 novos lotes em 2014. No entanto, Arujá e Mogi das Cruzes, referências no setor, não receberam projetos.
"Apesar de não ter projetos aprovados em 2014, ainda há empreendimentos com unidades à venda. Arujá e Mogi têm um público de alto padrão", diz Amary.
"Essas cidades têm opções muito completas, dirigidas para o público de alta renda e com preços muito atrativos. Por isso, a procura hoje por imóveis nessas cidades é grande e a oferta tem diminuído", diz Mariângela Iamondi Machado, gerente da Lello Condomínios.
Condomínios horizontais - Crédito: Editoria de Arte/Folhapress
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