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22/09/2015 - 09h00

Casa em condomínio no Vale do Paraíba aproveita potencial de terreno íngreme

DE SÃO PAULO

Projetar uma casa em um terreno íngreme foi o desafio aceito pelo escritório H+F Arquitetos, de São Paulo.

Pensada para um casal de aposentados, a casa, que fica em um condomínio fechado em Santo Antônio do Pinhal (a 171 km de São Paulo), foi dividida em três andares para aproveitar a inclinação do terreno e aumentar a área interna, de 390 m².

"Isso criou algumas situações ricas do ponto de vista do espaço", afirma o arquiteto e co-fundador do H+F, Eduardo Ferroni.

O terreno foi utilizado como uma escada da casa, dando acesso aos pisos. O teto dos quartos foi coberto com um jardim, que virou o chão e a varanda da sala, localizada um andar acima.

O primeiro andar da casa abriga uma pequena oficina de marcenaria e serralheria, com entrada independente, que serve ao dono da residência. Foi nessa oficina, finalizada antes do restante do projeto, que a maioria das peças metálicas utilizadas na cobertura da sala foram feitas. "A casa serviu como uma fábrica dela mesma", afirma o arquiteto.

Os materiais mais utilizados na construção da casa foram blocos de concreto e estruturas metálicas pequenas, encontradas em serralherias, mais acessíveis e baratas. "Procuramos fazer um desenho usando peças que pudéssemos encontrar na região", explica Ferroni.

Essa escolha de materiais também permitiu que o projeto fosse executado com uma equipe de apenas três pessoas, o que barateou seu custo. Outra característica pensada para tornar o projeto mais barato foi a utilização de compensados de madeira, que têm lugar nos armários e até nas venezianas nos quartos.

À beira de uma reserva de mata atlântica e em frente a uma cadeia de montanhas, a casa não poderia deixar de aproveitar a vista em seu entorno. A sala e a varanda dos quartos se voltam para as montanhas ao mesmo tempo em que a construção avança em direção à mata. "Tentamos tirar o máximo proveito das qualidades do lugar", conta o arquiteto. Uma árvore presente no terreno foi preservada no pátio da construção.

Ferroni afirma que quando se fala de projetos de arquitetura, as pessoas tendem a pensar em algo caro e muito sofisticado. Eles queriam que o projeto ficasse longe disso. "Incorporamos o processo de construção com custos baixos e pensamos no uso de materiais mais simples, que são eficientes, mas não têm aquela sofisticação exacerbada", explica.

 

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