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02/10/2015 - 13h21

Casa autossustentável será construída em Niterói

DE SÃO PAULO

Criada com iniciativa da distribuidora de energia Ampla e com o apoio da PUC-Rio e FGV-RJ, uma casa tão autossustentável que não precisaria ser ligada a rede elétrica, de água e de esgoto, está prestes a se tornar realidade em Niterói.

É o projeto NO.V.A., sigla para "Nós Vivemos o Amanhã". O projeto arquitetônico ficou por conta do escritório paulistano Studio Arthur Casas, que foi encarregado de viabilizar parte das quatro mil ideias enviadas por meio do site do NO.V.A.

Visitantes do site eram incentivados a dar sugestões do que eles gostariam de ver em uma casa pensada para o futuro. Foram cerca de 200 mil acessos, de 106 países. "Desenhamos a arquitetura que respeitava esses desejos", conta o arquiteto Rodrigo Carvalho, que participou da concepção da casa.

Ela será um "laboratório vivo", alvo de pesquisas em tecnologia e sociologia das faculdades apoiadoras. "A proposta da casa é vivenciar como seria morar no futuro, queremos ver como as pessoas vão lidar com isso", conta Carvalho.

A casa tem quatro quartos, três serão destinados para famílias ou casais, que passarão períodos de aproximadamente seis meses compartilhando o local.

O quarto extra abrigará convidados, e sua decoração mudará conforme o gosto do morador. Um projetor está por trás dessa característica. Ele desenhará a decoração escolhida sobre móveis e paredes brancas, adaptando o ambiente.

TECNOLOGIA VERDE

Em um terreno de 2,5 mil m² e com 390 m² de área construída, a casa começará a ganhar forma em janeiro de 2016 e ficará pronta antes dos Jogos Olímpicos, em agosto. Isso só será possível porque o projeto prevê o uso de módulos pré-fabricados, que economizam recursos na construção e reduzem o tempo de obra.

Entre as soluções sustentáveis estão ainda o tratamento de esgoto realizado no próprio terreno da casa, reaproveitamento de água da chuva, painéis solares, pisos que produzem energia elétrica com o impacto que recebem, sistema de ventilação que dispensa ar-condicionado e um biodigestor que produzirá gás para a cozinha.

A casa vai produzir 85% menos resíduos e emitir 80% menos carbono do que outras edificações do mesmo tamanho. Também está em estudo um sistema para usar a umidade do ar, elevada na cidade litorânea, na produção de água.

Com tantos recursos, a casa já concorre a certificados internacionais de sustentabilidade. Segundo Carvalho, o mais exigente deles é o "Green Building Challenge", que exige cuidados especiais até no transporte dos materiais que formarão a residência.

"Ele também propõe que haja uma relação com o terreno, como uma horta grande, onde as pessoas possam cultivar o próprio alimento", explica o arquiteto. O projeto prevê uma horta de até mil metros quadrados.

Apesar de toda a tecnologia, Carvalho afirma que a casa não deverá custar muito mais do que uma obra tradicional e trará retorno financeiro por não receber contas de água e luz.

"A ideia é que a casa seja um ciclo de consumo e energia. Tudo o que você consome na casa, você pode produzir no terreno", conta.

 

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