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13/12/2015 - 01h00

Reduto oriental, Liberdade atrai quem procura comércio farto e boa localização

TAÍS HIRATA
DE SÃO PAULO

Uma sequência de lojas e restaurantes enchem as ruas principais da Liberdade, bairro entre o centro e a Vila Mariana (zona sul de São Paulo) conhecido por ser o maior reduto japonês do país.

Hoje, a região atrai não apenas a colônia oriental mas também moradores do restante da cidade e do interior do Estado em busca de boa localização e fácil acesso ao transporte público.

Em uma caminhada pelo bairro é possível perceber que a maioria dos prédios residenciais são antigos -os lançamentos imobiliários ainda são escassos por lá.

"A Liberdade ficou de fora do 'boom' de imóveis vivido na cidade nos últimos anos", diz o presidente da Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário) e colunista da Folha, Claudio Bernardes.

Desde 2010, foram colocadas à venda 2.234 novos apartamentos no distrito -que inclui o bairro da Aclimação. Enquanto isso, na Vila Mariana foram 4.419, segundo a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio).

Levando em consideração apenas o bairro da Liberdade, o número é ainda menor: apenas dois prédios foram lançados nos últimos cinco anos, segundo a consultoria Geoimovel. Hoje, há 89 apartamentos à venda -95,5% deles tem entrega prevista para os próximos 12 meses.

"Por estar próxima ao centro, ainda é uma região que precisa ser revitalizada, que requer investimentos em segurança", afirma Bernardes.

No entanto, ele vê potencial imobiliário no lugar. "É uma zona interessante, com boa infraestrutura, além de ser um ícone turístico."

Karime Xavier/Folhapress
SÃO PAULO / SÃO PAULO / BRASIL -09 /12/15 -12 :00h - BAIRRO DA LIBERDADE. ( Foto: Karime Xavier / Folhapress). ***EXCLUSIVO***MORAR
Rua Galvão Bueno, no bairro da Liberdade, região central de São Paulo

MINORIA

Apesar das luminárias vermelhas e das lojas típicas, os orientais já deixaram de ser maioria no bairro. "Os japoneses se espalharam pela cidade, mas ainda há muitos chineses na região", afirma o vice-presidente da Associação Cultural e Assistencial da Liberdade, Toshio Yamao.

Entre os moradores com mais de dez anos, 16,79% se consideram amarelos, contra uma grande maioria de brancos -65,60%, segundo o IBGE. Ainda assim, a concentração é grande se comparada ao resto do país, no qual "amarelos" representam pouco mais de 1% da população.

A mistura no bairro é formada por "estudantes, famílias de classe média e pessoas que trabalham na região", afirma Bernardes.

É o caso da lojista Adriana Yan, 41, que vive na Liberdade há 18 anos. Ela, que é chinesa, gosta de morar no local porque é uma forma de se sentir em casa: "Sempre tem festas típicas na rua, e é onde mora toda minha família".

Apesar de gostar do lugar, ela reclama da falta de segurança. "Temos problema direto, já fui assaltada várias vezes. A pior hora é depois das 18h, quando escurece."

 

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