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17/01/2016 - 01h00

Saiba como aproveitar as liquidações de móveis sem cair em armadilhas

FERNANDA ATHAS
DE SÃO PAULO

Janeiro é o mês das liquidações em boa parte das lojas de decoração, móveis e construção da Grande São Paulo. Neste ano, os descontos chegam a 65%, na maioria dos casos, valem até o dia 31, segundo levantamento feito pela Folha em mais de 70 lojas da capital.

Com tanta oferta, é possível renovar a casa pagando menos, mas, para fechar um bom negócio, é preciso ter alguns cuidados.

"O primeiro passo é listar quais produtos você deseja e medir o ambiente onde eles vão ficar. Ter as dimensões à mão é essencial para não acabar comprando algo maior que o espaço", diz a arquiteta Ana Cristina Tavares, do escritório KTA.

Outra dica é imaginar como a peça irá se encaixar no cômodo, se vai combinar ou não com os outros móveis.

"Não dá para comprar por impulso. Às vezes, encontramos a peça perfeita em outra cor e pensamos em transformá-la, mas pode ficar caro", diz o arquiteto Ricardo Caminada, do escritório Díptico.

Ele lista uma série de fatores a serem analisados antes da compra: a qualidade do acabamento, o estado do produto (se é de mostruário ou não) e se o item vai sair de linha -informação importante caso seja necessário repor alguma peça.

Com a decisão tomada, é hora de negociar a forma de pagamento. "Não pagar tudo à vista é uma forma de se resguardar. Deixe um sinal na loja e pague o restante só quando a entrega for feita", recomenda Tavares.

O arquiteto Carlos Guimarães, 52, que trabalha como consultor em compras, confiou na memória e se arrependeu. No ano passado, ele decidiu comprar o mesmo sofá que deu de presente à mãe um ano antes. Dessa vez, o produto (pago à vista) estava com 30% de desconto.

QUASE IGUAL

Quando o móvel chegou, surpresa: a loja havia mudado o design e os materiais, e ele não percebeu antes de fechar negócio. "A densidade da espuma é menor; os braços, que eram retos, ficaram redondos. A estrutura chegou a quebrar quando meus amigos se sentaram. É péssimo."

A loja já fez reparos no móvel, mas o arquiteto não está satisfeito: quer o produto antigo, que não é vendido mais. Nesse caso, não há nada a fazer: ele deveria ter reparado que o produto mudou.

Mesmo durante as liquidações, a loja é obrigada a consertar ou trocar o item com defeito em até 30 ou 90 dias, dependendo do bem (durável ou não). Está no Código de Defesa do Consumidor.

"Impedir a troca é uma violação de direitos", afirma Diego Campos, diretor de tecnologia do site Reclame Aqui.

Já a devolução tem outras regras: se a compra foi feita em loja física, ela não é obrigada a devolver o dinheiro e receber o produto de volta, a não ser que a peça tenha algum problema.

Para transações pela internet, o cliente tem até sete dias após o recebimento do produto para desistir da compra, solicitar a devolução e receber o dinheiro de volta.

 

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