Criador do Vera Cruz Esporte Clube diz que na favela Vila Prudente todos se conhecem
DEPOIMENTO A DHIEGO MAIA
Raquel Cunha/Folhapress | ||
Rodovalho Ferreira, 69, um dos fundadores do time de várzea Vera Cruz Esporte Club, na favela Vila Prudente |
Sou um alagoano que desembarcou em São Paulo aos três anos de idade. Tempos depois, vim parar na favela da Vila Prudente, de onde nunca mais saí.
Eu me lembro até hoje da reação da minha mãe quando entramos na nossa casa –um barraco de madeira com terra batida. Ela só chorava.
Aqui, fundei o time de várzea da favela: o Vera Cruz Esporte Clube, em 1960. No início, tentei ser jogador, mas o time era tão bom que eu não quis atrapalhar e acabei ficando só na diretoria do clube.
A maior glória do "Vera" foi a de vencer a "Copa Setembrina", em 1978. Hoje o time tem sede, que é usada até para casamento.
Gosto daqui. Não troco a favela por nada. Todo mundo se conhece e estou a duas quadras da praça feita em homenagem ao meu pai, que ajudou a comunidade. Como eu poderia deixar esse lugar?
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