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22/05/2016 - 02h00

Tons claros predominam na Casa Cor, mas também há espaço para o preto

IARA BIDERMAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Tons claros estão em alta, mas só com beges e "nudes" não se faz uma Casa Cor. Nesta edição da mostra, outro destaque é o verde -que simboliza, é claro, a preocupação ecológica do momento.

A Tintas Coral criou, especialmente para o evento, o "verde Jockey", referência aos jardins do local que sedia a exposição de decoração. "É um verde-amarelado que dá sensação de aconchego", diz Fernando Domingues, diretor de marketing da AkzoNobel, empresa que produz as tintas.

Na "Sala de Almoço" criada pelo Studio GPPA, outros verdes foram usados, cobrindo todas as paredes, boa parte dos tecidos e até os utensílios vintage de cozinha. Um verde mais aquarelado, inspirado nas cores da porcelana chinesa, foi combinado com um tom de azeitona, escuro, nos estofados.

"É fácil combinar o verde com madeira, isso deixa o ambiente claro e aconchegante. E os tons mais suaves criam um visual ao mesmo tempo tropical e escandinavo", diz Paulo Azevedo, um dos sócios do Studio GPPA.

Na ponta oposta dos tonsclarinhos, mas também vistos em diversos ambientes, estão o cinza e o preto.

Na "Saleta do Hobby" de Julio Cesar Dantès e Marcelo Cohen, o preto foi uma escolha radical. É o menor espaço da Casa Cor (tem 10 m²). "Quisemos acabar com o mito de que cores escuras fazem o ambiente parecer menor", diz Dantès.

O truque para não deixar a sala pesada foi usar móveis pequenos e iluminar alguns pontos, como nichos da estante e o tapete, com amarelo.

"O preto e o cinza-concreto valorizam os tons urbanos, assumem a cidade. Mas São Paulo tem também seus pontos mais solares, e o amarelo deixa tudo mais vibrante."

Cinza escuro também foi a base da "Biblioteca do Barista", de Olegário de Sá e Gil Cioni. O tom foi escolhido para criar um ambiente masculino que poderia estar em qualquer grande metrópole do mundo, segundo Sá.

No espaço, foram aplicadas variações do cinza, do tom de concreto, mais rústico, ao azulado, mais suave. Para quebrar e valorizar esse mundo cor de cinzento, foram usadas peças douradas e de cobre, tons muito usados nos acessórios da Casa Cor.

O laranja, que na biblioteca reveste poltronas desenhadas por Sergio Rodrigues, funciona como o cobre: iluminando o ambiente e realça o cinza, de acordo com Sá.

OURO E ROSA

Já o ouro, o metal mais quente, foi destacado na "Loja dos Cristais", projetada por Vivian Coser, onde um grande painel com folhas de ouro sobre uma parede cor de grafite ilumina o espaço.

Finalmente, o rosa quartzo, a tal tom da cor do ano anunciada pela Pantone, teve seu momento de glória na Casa Cor na "Casa Braile", de Léo Romano. Gradações de rosa tomam conta das paredes, piso e estofados. A ideia de Romano foi criar um espaço com apelo sensorial.

Na parede, os painéis de alumínio perfurado ganharam, além da cor, um texto escrito em braille. E o mundo cor de rosa foi pontuado com acessórios dourados e acobreados (eles, de novo), criando um efeito de luz meio irreal, como numa paisagem de sonho.

Colaborou ANAÏS FERNANDES

 

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