Aplicativo é usado como estratégia de marketing
FELIPE GUTIERREZ
DE SÃO PAULO
Mike Krieger não foi o único brasileiro a ganhar dinheiro com o Instagram. Pequenos empresários daqui encontraram no aplicativo uma forma de comunicação eficaz e barata com os clientes -cativos ou potenciais.
A rede de compartilhamento de fotografias tem filtros que conferem um aspecto antigo às imagens, o que combina bem com negócios com apelo "vintage". É o caso, por exemplo, da loja de roupas Cecile, de Stella Ahn, 36.
O nome da marca de São Paulo é de uma personagem fictícia que posta seus "looks" no aplicativo.
A proprietária da Cecile tem artimanhas para promover as peças na rede social. Por exemplo: ela nunca coloca o preço assim que publica uma imagem.
"Se alguém pergunta -e alguém sempre pergunta quanto custa- não respondemos na hora. Esperamos o fim do dia", conta.
É comum as seguidoras da loja pedirem para a vendedora reservar alguma peça pelos comentários no perfil do Instagram.
"Cerca de 60% dos novos clientes são seguidores (a marca tem 1.170)", diz Ahn.
ESTRATÉGIA
"Houve uma ocasião em que inventamos um novo doce, publicamos a foto e, depois de 40 minutos, o produto acabou", conta Julian Lopes, 32, gerente de marketing da boulangerie (padaria) Julice, de São Paulo, que tem um perfil no aplicativo desde dezembro de 2011.
"No começo, achei que não seria tão eficaz. Parecia mais um charme. Mas, no primeiro mês, vi que era mais do que isso. Hoje, faz parte da nossa estratégia", diz Lopes, a respeito da rede social. A empresa tem 510 seguidores.
EXPANSÃO
O Instagram soma cerca de 30 milhões de usuários -número que deve crescer, já que recentemente o aplicativo, antes restrito ao iPhone, passou a ser compatível com o sistema Android para celular.
Não é preciso ter um perfil corporativo para criar uma estratégia de marketing no Instagram, diz Pedro Waemgerpmer, coordenador do núcleo de marketing digital da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). Ele cita uma tática da Starbucks que incentivou os clientes a tirar fotos com seus produtos e identificá-las com uma "hashtag".
"O Instagram tem uma penetração muito menor do que o Facebook, mas os usuários são mais assíduos", afirma Waemgerpmer.
A Tag and Juice, mistura de loja de bicicletas com galeria de arte, está no Instagram, mas evita colocar fotos de
suas mercadorias para não incomodar os clientes.
"Não somos descarados para falar 'esse produto aqui custa tanto'. O Instagram é uma maneira de informar o local onde estamos e o que acontece na loja", diz Billy Castilho, 50, um dos proprietários.
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