E-commerce ainda é alvo de fraudes
ANA MAGALHÃES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
No universo virtual, as ferramentas de segurança antifraudes parecem avançar de maneira mais rápida do que a esperteza de estelionatários e ladrões de cartões.
Levantamento realizado pela FControl, empresa de análise de risco que integra o grupo Buscapé Company, mostra que as tentativas de fraudes no comércio eletrônico brasileiro aumentaram de 2,38% em 2010 para 3,88% nos primeiros cinco meses deste ano.
Lucas Lima/Folhapress |
Samuel Santos, sócio-proprietário da Universo das Câmaras, passou a usar ferramentas anti-fraudes |
Por outro lado, a perda efetiva de recursos no e-commerce caiu de 0,54% em 2010 para 0,24% entre janeiro e maio de 2012.
CARTÃO ROUBADO
O golpe mais comum na internet é o "charge back" (estorno), quando o pagamento de um produto comprado on-line é cancelado por vítimas de roubo ou de clonagem de cartão, ou por quem nega a compra e age de má-fé.
"O comércio eletrônico no Brasil está crescendo, as tentativas de fraudes também aumentam. Porém, os empresários que realizam vendas on-line têm conseguido se proteger mais", afirma Marcos Cavagnoli, coordenador do comitê de meios de pagamentos na internet da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico. "E isso é muito importante porque, para pequenos empresários, fraudes podem 'quebrar' o negócio."
As ferramentas antifraudes são relativamente novas no Brasil. "Surgiram nos últimos três ou quatro anos", explica Cavagnoli. Antes, o comerciante precisava checar pessoalmente as informações do comprador usuário do cartão.
Uma ferramenta que é muito usada por micro e pequenos empresários são os facilitadores -plataformas que oferecem o meio de pagamento e incluem um sistema antifraudes.
Para adotar um desses facilitadores, o empresário paga um percentual da venda, que pode variar entre 4% e 8%, dependendo do volume e do valor dos produtos.
Esses serviços podem, ainda, oferecer outras vantagens, como antecipar o pagamento de parcelas e anunciar os produtos da loja em seus sites de compras.
PREJUÍZO
No ano passado, Samuel Santos, sócio-proprietário do Universo das Câmaras, que vende equipamentos de fotografia pela internet, utilizava o sistema de pagamentos PayPal e foi vítima de cerca de seis estornos -o produto foi entregue, mas o pagamento, cancelado.
Ele adquiriu, então, o Pagamento Digital, ferramenta de cobrança on-line que também oferece um sistema antifraude. "Pago 5,39% do valor da venda e tenho a garantia de recebimento do pagamento", afirma.
Ou seja, a ferramenta cobre as fraudes caso exista alguma. E, além disso, antecipa o pagamento que foi parcelado. "Meus estornos caíram para zero."
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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