Publicidade
19/08/2012 - 06h15

Pioneiros em programa têm acesso a novos mercados

FELIPE GUTIERREZ
DE SÃO PAULO

Conha histórias dos primeiros empreendedores individuais que estão formalizados há mais tempo, desde julho de 2009.

O vendedor

Ser desbravador tem vantagens, diz o primeiro microempreendedor individual do país, Adalberto Oliveira dos Santos, 37. "Dei mais de 500 entrevistas", conta o vendedor de bijuterias de Brasília.

André Borges/Folhapress
Adalberto foi a primeira pessoa no Brasil a se formalizar usando a pessoa jurídica do MEI
Adalberto foi a primeira pessoa no Brasil a se formalizar usando a pessoa jurídica do MEI

Santos afirma que aderir ao programa o ajudou a conseguir empréstimos. "O gerente deu apoio." Depois de honrar os pagamentos como pessoa jurídica, conseguiu crédito para comprar um apartamento.

Santos diz ter levado mais de 15 amigos ou colegas para a formalização, mas nenhum teve a mesma sorte e o acesso a crédito que ele teve. "Eles até vêm me cobrar, dizem 'Pô, mas eu não consigo'."

A formalização, em 2009, ajudou nos negócios. Os fornecedores estão em São Paulo, mas ele nem precisa vir até a cidade para comprar. "Compro até R$ 5.000 em mercadoria e mando entregar."

O cabeleireiro

Primeiro a se formalizar na Grande São Paulo, o cabeleireiro David Soares da Costa, 37, diz não ver muitas vantagens em ser um empreendedor individual.

Pare ele, o maior benefício é o direito à aposentadoria pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

O cabeleireiro, que antes era informal, lista pontos que considera negativos: é proibido ter mais de um funcionário e o teto para o faturamento é baixo.

Ele afirma que, por não ter obtido empréstimos em bancos, não conseguiu prosperar como imaginava ao se formalizar.

Simon Plestenjak/Folhapress
David Soares da Costa reclama da falta de linhas de empréstimo
David Soares da Costa reclama da falta de linhas de empréstimo

"Não tive sorte, minha expectativa era ter crescido mais", lamenta Costa.
Sua mulher, com quem ele divide o Centro de Beleza Joia, em São Bernardo do Campo, tem uma microempresa no nome dela.
Costa diz considerar a hipótese de deixar de ser empreendedor individual.

O bicicleteiro

O bicicleteiro Antônio Rodrigues Vaz, 46, o Ceará, diz que correu para se formalizar quando soube, pela imprensa, que havia um processo novo que custaria pouco.

"No meu ramo, existem fornecedores que só vendem para pessoas jurídicas, não para pessoas físicas", conta Vaz, que é dono da Ceará Bike, em Guarulhos.

Ele foi o sétimo no Estado de São Paulo a integrar o programa de microempreendedores individuais.

Outra vantagem da formalização, diz Vaz, é a possibilidade de receber pagamentos por cartões de crédito ou de débito. Os parcelamentos na Ceará Bike são feitos pelos cartões. "Sem máquinas [para receber pagamentos], negócio nenhum funciona."

A cozinheira

Entre os dez primeiros empreendedores individuais do Estado de São Paulo, a única que desistiu de ter o próprio negócio foi Elaine Odiva Dolfini de Souza, 36.

Ela e o marido começaram, em 2009, a oferecer comida para viagem em Mogi Guaçu, cidade com cerca de 137 mil moradores.

O negócio durou um ano. "Não tive uma experiência agradável como patroa", diz. Souza conta que, na época, estava empregada e era o marido quem tocava o empreendimento. As receitas eram menores do que as despesas, e eles tiveram de parar.

Atualmente, os papéis se inverteram -a ex-cozinheira busca emprego e o marido é funcionário de uma empresa.

 

Publicidade

 
Busca

Busque produtos e serviços


pesquisa

Publicidade

 

Publicidade

 

Publicidade
Publicidade

Publicidade


Pixel tag