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23/06/2013 - 02h00

Monitoramento de redes sociais fica mais acessível para pequenos negócios

DERLA CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A loja virtual de produtos para crianças e gestantes Tricae tem 18 meses de existência e mais de 3,5 milhões de visitas por mês. Desse total, mais de 40% é resultado das ações que a empresa faz nas redes sociais. Três meses após colocar o site no ar, o cofundador Wilson Cimino, 28, percebeu que já era hora de investir nessas plataformas de relacionamento.

"Conseguimos saber quem clicou em uma publicação, quantas dessas pessoas visitaram o site e quem finalizou a compra", diz.

As promoções feitas na página são monitoradas a cada hora, segundo ele, para saber se precisam ser melhoradas ou se o resultado está dentro das expectativas.

Esse é um dos exemplos de como voltar a atenção para o Facebook e Twitter pode gerar retorno financeiro para proprietários de pequenos e médios negócios. Para monitorar o comportamento dos consumidores nesse tipo de site, existem ferramentas gratuitas e também serviços acessíveis a pequenas empresas, que custam até cerca de R$ 1.000 por mês.

"É uma questão de custo- benefício. No primeiro momento, os empresários não têm dinheiro para fazer propaganda nas mídias tradicionais", afirma Eduardo Prange, sócio da Seekr, companhia de gestão e monitoramento de marcas.

É possível, segundo ele, começar a trabalhar da mesma maneira sem ter que contratar uma pessoa para fazer isso o dia inteiro. À medida que a receita crescer, pode-se pagar por ferramentas específicas ou agências.

"Usar as próprias redes como o Facebook Pages é uma boa opção para quem está começando. Dá para gerenciar as performances das publicações sem pagar nada", indica Alessandro
Lima presidente-executivo da E.life, companhia de análise de mídia.

Alessandro Shinoda/Folhapress
Presidente-executivo da E.life, Alessandro Lima na sede da empresa que monitora redes sociais
Presidente-executivo da E.life, Alessandro Lima na sede da empresa que monitora redes sociais

MERGULHO
Para Rodrigo Arrigoni, sócio da R18, especializada em análise de mídia social, antes de tomar qualquer iniciativa é preciso pesquisar todas as informações relacionadas ao negócio, desde concorrentes até que tipo de internauta busca o serviço. "Vale fazer um mergulho geral mesmo para saber como as pessoas falam sobre o assunto. Com as informações na mão dá para traçar os objetivos para saber como agir dentro das redes sociais."

Os alertas do Google, gratuitos, podem servir para fazer planejamentos. A ferramenta envia por e-mail as publicações em blogs, sites de notícias e redes sociais Google+ e YouTube que citam o nome da companhia ou outras palavras buscadas.

"Todo mundo precisa dessa interação, pois é o caminho dos negócios no futuro. Quem está perdendo informações fica sem ganhar dinheiro", argumenta Renato Shirakashi, cofundador do Scup, companhia de monitoramento e métricas.

Ze Carlos Barretta
Rodrigo Arrigoni, socio da R18, fala sobre monitoramento de redes sociais para pequenos empresários
Rodrigo Arrigoni, socio da R18, fala sobre monitoramento de redes sociais para pequenos empresários

O Brasil tem empresas com expertise em gestão de redes sociais que oferecem ações para turbinar as marcas. A contratação de um serviço, porém, pode custar até R$ 9.000 por mês, de acordo com o grau de detalhes que se quer conhecer dos usuários -os mais caros são voltados a grandes empresas.

Uma das mais baratas para começar é o Scup, que oferece por R$ 200 mensais um mecanismo que monitora 17 redes sociais, analisa perfil de crescimento da marca e permite a classificação das mensagens.

Na prática, o empresário consegue configurar que tipo de notícia acha negativa ou positiva e o sistema aplica o critério sozinho. O resultado são relatórios gráficos sobre as opiniões do público sem que seja preciso pagar alguém para ficar o dia inteiro lendo cada citação.

O concorrente E.Life Buzzmonitor captura em tempo real até 2.500 posts de Facebook, Twitter e blogs e gera análise de dados por R$ 499 mensais.

Com um investimento inicial de R$ 600 por mês, o serviço Seekr Monitor trabalha com até 7.500 postagens em 30 redes sociais e gera 4.000 tipos de relatórios sobre diferentes caraterísticas dos internautas, como, por exemplo, horários e dias mais frequentes em que eles falam sobre a empresa.

Uma novata do mercado é a Airstrip, da R18, que também tem classificações automáticas para um número ilimitado de mensagens em oito plataformas de relacionamento, além de blogs. O preço inicial é de R$ 990 mensais. O sistema deve ser lançado em um mês e meio.

ABUSO
A falta de bom senso no posicionamento da companhia na web pode ser prejudicial. "Cuidado para não invadir a privacidade das pessoas. Uma coisa é alguém fazer uma pergunta aberta no Facebook querendo saber onde encontrar um chaveiro e você interferir. Outra é se meter no meio de um bate-papo de dois amigos sobre o assunto para oferecer o serviço", afirma Arrigoni, da R18.

Lima, da E.life, concorda que a exposição da marca precisa ter limites. "É sempre bom lembrar que as pessoas não estão na rede para receber anúncio e sim para conversar com os colegas."

Ilustração Carolina Daffara/Editoria de Arte/Folhapress
 

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