Governo anuncia 56 empresas iniciantes que vão receber aporte de até R$ 200 mil
FELIPE MAIA
EDITOR-ADJUNTO DE "CARREIRAS"
O governo federal anunciou hoje as 56 start-ups (empresas iniciantes de base tecnológica) aprovadas para participação em um programa que prevê aporte de até R$ 200 mil em cada uma.
Vão participar do programa Start-up Brasil 45 companhias nacionais e 11 internacionais (cinco dos EUA, duas da Irlanda e uma de Israel, Espanha e Argentina). Elas foram escolhidas entre 672 inscritos brasileiros e 236 estrangeiros.
Os recursos aplicados vão sair do orçamento do Ministério de Ciência e Tecnologia. Quem vai intermediar a entrega dos valores é o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
Cada empresa terá de indicar um executivo que vai funcionar como um bolsista do CNPq e receber os valores, repassados mensalmente.
Esse será o controle de uso dos recursos. "Ao final do projeto, ele faz relatório do que foi feito", afirma o o secretário de política de informática do Ministério da Ciência e Tecnologia, Virgílio Almeida.
"Sabemos que eles vão trabalhar, vão fazer o desenvolvimento, mas várias não vão ter sucesso. Falhar faz parte do processo como um todo."
A maior parte das start-ups atua no setor de educação, com sistemas de aprendizado virtual ou sistemas de gestão escolar, por exemplo --quase 20% dos projetos aprovados são desse setor.
Depois, com mais de 14% das selecionadas, aparece o ramo do varejo (ideias de vitrines inteligentes e integração de lojas a smartphones, por exemplo). Saúde e eventos e turismo representam, cada uma, quase 9% dos escolhidos.
Mais de 82% dos companhias selecionadas têm ao menos um protótipo do produto (no caso de metade desse índice, o serviço já está no mercado). Apenas um projeto foi escolhido na fase de conceito, ou seja, não está nem em desenvolvimento ainda.
O objetivo, segundo o governo, é fazer com que o programa tenha casos de sucesso. "Nosso foco era fortalecer aqueles empreendedores que tivessem uma ideia mais maturada, ao menos um protótipo", afirma Rafael Moreira, diretor de software e serviços de TI do ministério.
"A gente precisava gerar alguns casos de sucesso para fortalecer o programa."
O programa prevê que essas pequenas companhias passem por aceleradoras de negócios --organizações em geral formadas por investidores interessados em trabalhar no desenvolvimento de uma empresa para lucrar depois.
Essas aceleradoras têm a missão de preparar a empresa para crescer rapidamente e conseguir investidores, como foco na melhora do modelo de negócios (como a empresa ganha dinheiro).
Nove aceleradoras foram selecionadas pelo governo para participar do programa --21212 (RJ), Aceleratech (SP), Microsoft (SP, RJ, RN e RS), Papaya (RJ), Pipa (RJ), Wayra (SP), Fumsoft (MG), Outsource (RJ) e StartYouUp (ES). Cada uma deve ficar com cinco a seis projetos.
Durante o processo de inscrição, os empreendedores puderam indicar as aceleradoras às quais eles gostariam de se associar.
Até o fim do agosto, eles irão negociar com esses grupos para acertar a participação no processo.
O programa de aceleração, que deve começar no fim de agosto, deve durar até 12 meses. Esses grupos de investidores devem fazer aportes adicionais nas start-ups, com valores entre R$ 20 mil e R$ 1 milhão, ficando com uma parte do negócio, que pode variar entre 5% e 40%, dependendo da aceleradora e da empresa.
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