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19/08/2013 - 15h20

Programadores tentam faturar rastreando namorados, mas sofrem resistência

BÁRBARA LIBÓRIO
DE SÃO PAULO

Os programadores Danilo Neves Cruz, 27, e Matheus Grijó, 25, querem faturar com o ciúme dos namorados, permitindo que eles rastreiem os companheiros por meio do celular. A ideia, entretanto, tem enfrentado uma série de problemas.

O app foi lançado em junho para o sistema operacional Android, do Google, mas já foi deletado duas vezes pela companhia, por infringir as políticas de uso da plataforma. Na época, o programa havia sido baixado 100 mil vezes.

O aplicativo, chamado Rastreador de Namorados, pode ser instalado no celular do parceiro e envia mensagens de texto com o histórico de ligações, SMS, localização e o número de vezes que ele é desligado. Também é possível forçar uma ligação do celular do namorado para o do ciumento, para que ele ouça o que está acontecendo ao redor.

Primeiro, os empreendedores lançaram no Google Play (loja de apps do Google) uma versão preliminar do aplicativo, que continha algumas funções limitadas e a possibilidade de deixá-lo oculto no celular rastreado. "No primeiro momento a procura foi grande, mas depois deu uma diminuída porque ainda faltava muita coisa", explica Cruz.

PROBLEMAS COM O GOOGLE

O aplicativo chegou a ser trending topic no Twitter, mas foi excluído da loja do Google um dia depois de seu lançamento. Pela política da empresa, um aplicativo não pode enviar informações pessoais do aparelho sem notificar o usuário. Depois da exclusão, os programadores perderam toda sua base de usuários.

"Passamos um mês trabalhando na nova versão. Criamos um site, uma página no Facebook e testamos muito todas as funcionalidades antes de subir o app novamente para o Google Play", conta o programador.

A principal diferença é que a segunda versão do aplicativo não permite que ele fique oculto. Mesmo assim, o rastreador foi excluído novamente pelo Google na última sexta-feira (16), com a mesma justificativa, quando havia registrado mais de 110 mil downloads. Os criadores já recorreram da decisão e esperam uma posição.

"A nova versão avisa ao dono do aparelho toda informação que é enviada. O celular toca, vibra, acende e mostra inclusive o texto da mensagem e o número para o qual a informação está sendo enviada", afirma o criador.

ESPIONAGEM OCULTA

A empresa fatura mesmo com uma versão do sistema que funciona por assinatura, que custa R$ 4,99 por mês --os empreendedores enviam um link externo que permite a instalação oculta pelo sistema Android.

"A pessoa entra em contato por e-mail, faz o pagamento, e depois de confirmado, nós enviamos o instalador e as instruções de uso. Não é o mesmo aplicativo do Google Play", explica Cruz.

Eles não divulgam quanto faturam com o negócio ou o número de assinantes, que consideram ser "baixo".

Sobre o público, Cruz afirma que não há grande diferença entre o número de usuários dos gêneros masculino e feminino. "Não há nenhum dado que salte aos olhos. As assinaturas se dividem exatamente entre 50% de homens e 50% de mulheres", afirma.

 

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