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27/08/2013 - 16h38

Empresa de Piracicaba (SP) é eleita uma das mais inovadoras do mundo

BÁRBARA LIBÓRIO
DE SÃO PAULO

O Fórum Econômico Mundial anunciou nesta terça-feira (27), em Nova York, uma lista com as empresas que considera ser as 36 mais inovadoras do mundo. A brasileira Bug Agentes Biológicos, companhia que controla pragas em lavouras de agriculta com o uso de insetos, aparece na lista.

O prêmio Pioneiros da Tecnologia reconhece corporações pelo seu potencial de transformar o futuro da sociedade e dos negócios. É a primeira vez que uma empresa da América Latina é premiada.

A empresa já ganhou outros dois prêmios internacionais em 2012: foi eleita a empresa mais inovadora do Brasil pela revista norte-americana "Fast Company", e foi premiada na área de sustentabilidade com o World Technology Award, promovido nos Estados Unidos.

Alexandre Milanetti/Divulgação
Diogo Carvalho, sócio-fundador da Bug Agentes Biológicos, empresa ganhadora do prêmio Pioneiros da Tecnologia
Diogo Carvalho, sócio-fundador da Bug Agentes Biológicos, empresa ganhadora do prêmio Pioneiros da Tecnologia

Segundo o relatório do fórum, a biotecnologia usada pela Bug para acabar com as pragas é uma alternativa mais "amiga do ambiente" se comparada ao uso de agrotóxicos e outros produtos químicos.

"Esse prêmio é diferente. O fórum enxergou na Bug uma empresa que está fazendo algo diferente para mudar a questão da contaminação de alimentos e tudo que ela envolve", diz Diogo Carvalho, 33, sócio-fundador da empresa.

Os campeões do prêmio permanecem por cinco anos entre os pioneiros, para trocar experiências globais e ajudar outros membros do fórum a entender melhor como os negócios e a sociedade estão se transformando.

"Além de levar o nome da empresa, o prêmio dá mais credibilidade ao controle biológico de pragas. O produtor tem mais segurança para acreditar na nossa tecnologia e procurar nosso trabalho", diz Carvalho.

O NEGÓCIO

A empresa produz insetos para controle de pragas desde 2000, quando iniciou sua trajetória na incubadora da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), em Piracicaba.

Os parasitoides --no caso, vespas -- agem nos ovos de pragas antes que as larvas se tornem lagartas. Os insetos protegem culturas milho, soja, feijão e cana-de-açúcar.

"Com a proibição da Anvisa a alguns lotes de inseticidas, e com a grande resistência de insetos a produtos químicos, a demanda nos últimos três anos cresceu muito", afirma Carvalho.

A empresa também está expandindo seus negócios. Os insetos produzidos e comercializados pela companhia estão ajudando a combater uma nova praga que tem causado prejuízo Estados como Bahia e Goiás.

Para a liberação dos insetos nas plantações, o agricultor paga cerca de R$ 30 por hectare.

"Estamos expandindo para atender o crescimento das culturas de soja, milho, feijão e cana-de-açúcar", diz o empresário. Segundo ele, o mercado brasileiro está tão aquecido que a empresa não tem planos de exportar sua tecnologia.

A companhia é administrada pelos seus dois sócios-fundadores --Carvalho e Heraldo Negri, 44--, o fundo de investimento Createc (parceria entre o BNDES e o Banco do Nordeste) e a empresa de participação Trigger.

Atualmente, cerca de 60 funcionários trabalham em suas duas unidades de operação em Piracicaba e Charqueada, em São Paulo.

 

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