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16/03/2014 - 01h30

Venda por celular cresce, mas não serve para tudo

FELIPE MAIA
EDITOR-ADJUNTO DE "CARREIRAS"

Entre janeiro de 2011 e dezembro de 2013, as compras feitas por meio tablets e celulares cresceram de 0,1% para 4,8% do total faturado pelo varejo virtual no Brasil. De acordo com a consultoria E-bit, em 2014 o setor deve ter receita de R$ 34,6 bilhões.

No MercadoLivre, as transações por aparelhos móveis já representam 13% do total e os consumidores gastam, em média, 42% a mais do que no site em cada compra.

"O pessoal compra por impulso, para pegar imediatamente o produto", diz o gerente de marketing Daniel Aguiar.

Apesar do crescimento, o mercado do "mobile commerce" ainda não é para todas as empresas. Lojas virtuais menores precisam analisar se estão prontas para investir em mais um canal de vendas.

Na produtora de aplicativos Taqtile, que presta serviços para grandes empresas, o custo básico de um aplicativo com funcionalidade de comércio é de R$ 100 mil.

Edmar Miyake, sócio da companhia, diz que não se trata apenas do valor do app -é preciso integrá-lo a sistemas de dados e de gestão. Isso é importante tanto para que a empresa faça promoções personalizadas para o cliente quanto para não ter problemas no estoque.

Alexandre Soncini, vice-presidente da Vtex, empresa que oferece tecnologia para e-commerce, diz que o ponto mais importante a ser observado é o índice de conversão de vendas (quantas pessoas que, após acessarem o site, efetuam compra). Para ele, a taxa ideal é de ao menos 2%.

"Se a loja não atingiu esse índice, ainda há estratégias a explorar nas vendas pelo computador."

Outro aspecto a se observar é o tipo de produto vendido. Segundo a E-bit, a categoria de moda e acessórios foi a líder de vendas por celular em 2013, com 14% do faturamento, seguido por eletrodomésticos (13%) e cosméticos e itens de saúde (13%).

O comércio por celular funciona melhor para produtos de massa ou de consumo recorrente, já que não é preciso olhar tantas fotos na pequena tela do aparelho.

RECEITA MÉDICA

Na 4Bio, que vende medicamentos de alto custo, é comum que os consumidores tenham de fazer compras de modo recorrente, por ter de repor o remédio frequentemente. "Nosso consumidor não precisa olhar a caixa do produto", conta André Kina, presidente da empresa.

Hoje, 3% das vendas on-line da empresa são feitas pelo aplicativo, nos quais foram investidos R$ 150 mil.

Entretanto, nem sempre é necessário criar um aplicativo para permitir que consumidores façam compras por smartphones -um site adaptado para rodar nos navegadores desses aparelhos já dá bons resultados.

Karime Xavier/Folhapress
Bruno Nardon, diretor de Marketing da Kanui, que vende pelo celular, mesmo sem um aplicativo
Bruno Nardon, diretor de Marketing da Kanui, que vende pelo celular, mesmo sem um aplicativo

A loja on-line de material esportivo Kanui obtém entre 5% e 7% das vendas com a versão móvel de sua página.

Bruno Nardon, diretor de marketing da empresa, diz que o site funciona melhor para captar novos clientes -eles podem chegar à página por anúncios em redes sociais, por exemplo. O aplicativo serve mais para fidelizar o cliente que já conhece sua marca."

 

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