Publicidade
27/03/2014 - 12h17

Maioria dos vendedores de produtos eróticos fatura até R$ 36 mil por ano

DE SÃO PAULO

O setor de comércio de produtos eróticos no Brasil é formado principalmente por microempresas. Segundo dados da Abeme (Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico e Sensual), 64% dos comerciantes desse mercado afirmam faturar até R$ 36 mil por ano.

Outros 26% têm receita anual até R$ 250 mil, enquanto 7% faturam até R$ 1 milhão e 3% faturam mais que isso. Os dados fazem parte de uma pesquisa sobre os resultados desse mercado em 2013 que será divulgada hoje pela instituição.

O Brasil tem cerca de 85 mil vendedores de produtos eróticos (eles atuam, por exemplo, comercializando produtos a domicílio) e 10 mil pontos de venda. Esses dados são referentes a 2012.

"A maioria dos empreendedores está começando, engatinhando no setor. Muitos têm outros empregos e fazem do mercado erótico sua segunda renda", afirma Paula Aguiar, presidente da associação.

Os comerciantes de produtos eróticos podem aderir ao programa do MEI (microempreendedor individual), voltado à formalização de negócios com faturamento de até R$ 60 mil por ano e até um funcionário.

Divulgação
Gilberto Baldin e Carolina Velloso, sócios da SexSegredos
Gilberto Baldin e Carolina Velloso, sócios da SexSegredos

De acordo com a associação, que 66% dos negócios que estão abertos atualmente no país foram inaugurados a partir de 2011, especialmente na internet.

Entre os fatores para ascensão do mercado está o lançamento do filme "De Pernas pro Ar", que estreou no fim de 2010, em que Ingrid Guimarães interpreta uma "workaholic" que se torna sócia de um sex shop depois de ser demitida do trabalho

"O ano de 2011 foi um divisor de águas no setor, muita gente assistiu ao filme e começou a conhecer esse universo", explica.

NEGÓCIO FAMILIA

A loja on-line de produtos eróticos SexSegredos começou a funcionar em 2012 e é uma empresa de família: o casal Carolina Velloso, 23, e Gilberto Bandin, 23, associaram-se à mãe dele, Maria José Baldin, 65, para montar o negócio.

Velloso conta que a ideia de montar o negócio surgiu em um jantar de família. "Apesar de ter 65 anos, minha sogra sempre falou abertamente sobre sexualidade com o filho dela e comigo", afirma.

Ela diz que muita gente se surpreende pelo fato de ela ser sócia da sogra em uma loja de produtos voltados ao sexo, mas que isso não é um problema. "A gente troca até confidências."

Eles pesquisaram o mercado e decidiram abrir a loja virtual em razão dos custos serem menores -foram investidos R$ 35 mil na empresa, que até hoje funciona na casa deles em São Paulo.

Hoje, o faturamento é de R$ 15 mil por mês. Os produtos mais vendidos são cosméticos, como excitantes femininos e lubrificantes, que representam 35% do faturamento, seguidos pelos vibradores.

Colaborou BÁRBARA LIBÓRIO, de São Paulo

 

Publicidade

 
Busca

Busque produtos e serviços


pesquisa

Publicidade

 

Publicidade

 

Publicidade
Publicidade

Publicidade


Pixel tag