Empresários se especializam em doces para 'marombeiros'
FELIPE MAIA
EDITOR-ADJUNTO DE "CARREIRAS"
O consumo de "whey protein", um suplemento alimentar usado por quem quer aumentar a massa muscular, está em alta. Segundo estimativa da empresa Probiótica, uma das maiores do setor no país, os brasileiros consumiram 4.000 toneladas do produto no ano passado, volume entre 20% e 25% maior em comparação com 2012.
Na web, é fácil achar receitas de musses e bombons com o ingrediente e, recentemente, empresários têm encontrado consumidores dispostos a pagar por esse tipo de doce.
Victor Sessa, 24, largou o emprego em um escritório de advocacia para se dedicar só à produção do Brigadeiro Whey, iniciada em agosto. Em março, ele vendeu 2.300 potinhos, alta de 50% em relação a janeiro. "Quando comecei, as pessoas davam risada, diziam que eu era louco, porque tem gente que faz o brigadeiro em casa", conta.
Apu Gomes/Folhapress | ||
Gustavo Johnson, 27, começou a fazer doces com whey protein |
Ele diz que o doce, vendido em lojas especializadas e academias, tem como público as "patricinhas que cuidam do corpo e não comem nada que não seja saudável".
Gustavo Johnson, 27, diz que trabalha até 16 horas por dia para dar conta, sozinho, da produção e da entrega do Brigadeirinho de Proteína. São 1.500 unidades por mês, vendidas a R$ 9 para revendas e R$ 13 para o consumidor final. "Estou no limite", afirma Johnson, formado em gastronomia. Ele está investindo parte do lucro em uma cozinha industrial.
O desafio é expandir a venda para para além das lojas de suplementos e academias.
Giselle Sell, diretora da Time4, que fabrica sorvetes de "whey" e os vende principalmente em empórios, diz que eles são "mais fechados". "É difícil conseguir uma reunião", conta. Ela vende 30 mil potes do produto por mês.
E já há concorrência com grandes empresas: a Probiótica vende panqueca, bolacha e ovo de Páscoa com proteína.
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