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22/06/2014 - 02h55

Redes de produtos antialérgicos crescem com aumento dos diagnósticos

DE SÃO PAULO

O aumento do número de diagnósticos de alergia no Brasil e no mundo revelou um novo mercado potencial para empreendedores. Segundo dados da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), 30% da população brasileira é alérgica -20% dos afetados pelo problema são crianças.

Davi Ribeiro/Folhapress
Sarah Lazaretti, cofundadora da Alergoshop, trabalha há 21 anos no ramo de antialérgicos
Sarah Lazaretti, cofundadora da Alergoshop, trabalha há 21 anos no ramo de antialérgicos

"Antigamente, era difícil até para os médicos explicar o que é alergia. Hoje, as pessoas recebem o diagnóstico e buscam produtos especializados", diz Fábio Castro, médico e presidente da Asbai.

Sarah Lazaretti, 55, tem uma filha alérgica. A falta de opções de produtos no mercado fez com que ela criasse a Alergoshop, especializada nesse tipo de produto, especialmente cosméticos, maquiagens e capas antiácaros.

No começo eram lojas próprias, depois pontos de revenda e, em 2012, foi adotado o modelo de franquias.

Hoje, a empresa tem cinco unidades franqueadas. A meta é abrir mais seis neste ano.

Foi por necessidade também que Sandra Matunoshita, 36, que sofre com o problema desde criança, criou a SOS Alergia, que fabrica e comercializa principalmente produtos alimentares.

"Temos uma linha de 12 biscoitos isentos de ovo, leite, soja, corante, conservante e aromatizantes", explica Matunoshita. A rede tem uma linha de semijoias e revende produtos de outras marcas. No total, são 3.000 itens.

Para abrir a primeira loja, em Marília (SP), a empreendedora conta que investiu

R$ 30 mil. Hoje, fatura, em média, R$ 650 mil anualmente. Ela também tem outras oito unidades franqueadas.

Matunoshita também é uma das apoiadoras da campanha Põe no Rótulo, organizada por familiares de alérgicos que pedem que os rótulos dos produtos, principalmente dos alimentos, sejam mais claros e precisos quanto a elementos alérgenos.

Para a advogada Cecília Cury, uma das idealizadoras da campanha, o mercado está mesmo em ascensão. "Fora do Brasil já vemos indústrias totalmente voltadas para isso. As empresas precisam buscar produtos que sejam atrativos para crianças", diz.

INTOLERÂNCIA ALIMENTAR

Outro público que busca cada vez mais opções de produtos alimentares é o de intolerantes a elementos como glúten e lactose.

Egon Correira, 26, acaba de abrir uma microempresa que fabrica e comercializa doces que não contêm esses ingredientes. "É um mercado gigante que tem uma carência grande de produtos especializados", afirma.

Ele investiu cerca de R$ 3.000 apenas no maquinário e quer faturar R$ 60 mil até o fim do ano.

Segundo Castro, também cresceu o número de pessoas que, mesmo não sendo intolerantes, procuram tirar o glúten e a lactose da dieta por acreditar que eles trazem malefícios.

"Esses ingredientes acabaram se tornando vilões, o que é um perigo. Não dá para simplesmente eliminar os dois da dieta."

Colaborou BÁRBARA LIBÓRIO, de São Paulo

 

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