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24/06/2014 - 17h16

'Anônimo' ganha R$ 18 mil aparecendo em anúncios sobre a Copa

DE SÃO PAULO

Filipe Matos Frazão, 29, não é famoso e nem mesmo modelo, mas está faturando com sua imagem em anúncios sobre a Copa do Mundo. Ele calcula que tenha ganho R$ 18 mil em três meses vendendo "seu rosto" para bancos de imagens –as fotos são repassadas a empresas para uso em publicidade.

O rosto de Frazão, que é publicitário, já foi usado em peças de grandes companhias como Hyundai, Ricardo Eletro e Centauro.

O modelo dos bancos de imagens funciona assim: fotógrafos ou amadores podem disponibilizar fotos produzidas por eles nessas plataformas. O material é, então, comprado por empresas para colocá-lo em propagandas, por exemplo. As receitas são divididas entre o autor da foto e o banco.

Há sistemas internacionais, como Shutterstock e iStock, e o nacional CrayonStock, lançado no ano passado.

Como, em geral, não há exclusividade, uma mesma foto pode aparecer nos anúncios de várias companhias. No total, Frazão calcula que suas imagens tiveram 7.000 downloads –potencialmente, esse é o número de propagandas em que ele pode aparecer.

É comum que amigos contem que o viram em diferentes lugares. Ele está inclusive em banners de um motel de Salvador. "Foi sem querer. Quando coloquei as fotos, imaginei que iria sair alguma coisa, mas não em todos os lugares", conta.

CORRIDA PELO CLICK

O publicitário é diretor de um atacadista na zona leste de São Paulo e começou a colocar fotos nesses bancos há cerca de um ano, usando o material que ele produziu em suas viagens. Há três meses, decidiu fazer um material temático para a Copa do Mundo em um estúdio montado em casa. Ele também tirou fotos com a namorada, Fernanda Kairys, 28.

Frazão diz que ele mesmo tirava as fotos, mesmo aquelas em que aparece. "Eu programava a câmera e saía correndo. Como fazia bastante isso, acertava bastante", diz.

Para o publicitário, o fato de ele não ser modelo profissional deu uma ajuda para a popularidade das fotos. "Por não trabalhar como modelo, talvez eu tenha conseguido fazer poses mais naturais", conta.

Outro fator foi ter montado cenários para as imagens, o que facilita o trabalho dos publicitários. "Não ofereço a foto crua. Eu a recorto e me coloco em estádios ou em ambientes com temática do Brasil e já deixo espaço para as agências inserirem outros elementos."

O paulistano diz que, por enquanto, a atividade vai continuar como um trabalho paralelo, para os fins de semana. Ele tem intenção de virar modelo? "Se alguém me contratar e pagar bem, por que não?", responde.

 

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