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13/07/2014 - 01h15

Franquias de varejo com foco no Mundial não conseguem decolar

ISABEL KOPSCHITZ
DE SÃO PAULO

Franquias que contavam com a Copa do Mundo 2014 para se expandir não conseguiram bons resultados. E não exatamente por causa da derrota acachapante da seleção na terça-feira (8).

É o caso da Coca-Cola Clothing, marca de loja de roupas da Coca-Cola, que já teve 24 franquias no país. Quatro delas foram fechadas nos últimos seis meses. Outras duas baixaram as portas em 2013.

Com as reclamações de ex-proprietários, o Sindicato dos Franqueados de São Paulo pediu uma audiência pública na Assembleia Legislativa.

Cinco dos ex-franqueados fecharam com prejuízos que estimam em cerca de R$ 1 milhão cada. Dois ajuizaram ações, na 3ª Vara Cível de Ribeirão Preto (SP) e na 2ª Vara Cível de Jundiaí (SP), contra a AMC Têxtil, dona das franquias, e a Coca-Cola.

Divulgação
Loja da Coca-Cola, em Barueri, que fechou em maio
Loja da Coca-Cola, em Barueri, que fechou em maio

Um dos que entrou com processo foi Osvaldo Teobaldo Filho, 38, que teve uma loja em Ribeirão Preto por um ano. Ele diz não ter tido qualquer suporte do franqueador.

"Para vender a loja, disseram que a marca teria muita visibilidade com as Copas das Confederações e do Mundo. Mas isso, por si só, não vende. E a margem [de lucro] era muito pequena, não me permitia custear as despesas."

A AMC disse que somente se manifestará após ser citada nos processos e afirmou considerar "incabível" o pedido de audiência pública.

Por sua vez, a Coca-Cola Company divulgou nota na qual afirma que não fará comentários, pois a questão legal ainda está pendente.

Outro negócio, o das lojas de artigos oficiais da seleção brasileira, não chegou a decolar. Trata-se de uma parceria entre SPR Sports, Nike e CBF. André Giglio, diretor de varejo da SPR, que detém a franquia, disse à Folha em abril que esperava abrir 30 pontos de venda até meados de junho. O grupo chegou até a reduzir a taxa de franquia para atrair interessados.

Até hoje, porém, a única unidade aberta é a do Museu da CBF, na Tijuca, no Rio de Janeiro. A SPR alega que seu plano de expansão é para dez anos e que há 20 interessados em abrir pontos de venda.

 

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