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24/08/2014 - 03h00

Vida curta de jogos eletrônicos é desafio para empresas do setor

DE SÃO PAULO

A empresa britânica King, desenvolvedora do jogo "Candy Crush Saga", divulgou neste mês uma queda de faturamento que, segundo a companhia, deve-se à redução de gastos dos jogadores no game. Para especialistas, o movimento é natural no mercado: a perda de interesse dos usuários é inevitável.

"Hoje a oferta de jogos é cada vez maior. Fica fácil para os jogadores transitar em vários games, principalmente em aplicativos móveis. Há uma migração", explica Vicente Mastrocola, coordenador do GameLab, da ESPM.
"Jogos casuais se esgotam rápido. As empresas precisam lançar novas opções sempre."

A Frozen Logic Studios, fundada há dois anos e meio, tem em seu portfólio oito jogos. A maior parte funciona no modelo "freemium", em que o usuário baixa o jogo gratuitamente e pode fazer comprar dentro dele.

Segundo Gustavo Boni, um dos fundadores, o produto de maior sucesso tem quase um milhão de downloads –o Penalty Kicks, em que o usuário pode bater pênaltis. "Cerca de 300 mil foram em menos de dois meses. É natural que o jogo tenha um pico de usuários que depois cai."

Davi Ribeiro/Folhapress
Gustavo Boni, da Frozen, que cria jogos para celular
Gustavo Boni, da Frozen, que cria jogos para celular

André Tomaya, 31, professor do iai? Instituto de Artes Interativas, uma escola brasileira de desenvolvimento de aplicativos, e presidente-executivo da desenvolvedora Little Boat, conta que o jogo Perfil, da Grow, desenvolvido em parceria com outra empresa, chegou a ultrapassar o Candy Crush na AppStore quando foi lançado. "Mas foi coisa de duas, três semanas."

Ele afirma que algumas empresas, para manter seus games vivos, optam por criar cenários diferentes para eles. É o caso do Angry Birds –o jogo tem diversas versões, inclusive da franquia Star Wars. "Também há a propriedade intelectual do game. O Angry Birds já virou desenho animado, bicho de pelúcia."

Tomaya diz que mesmo jogos que não dão lucro são úteis, pois viram portfólio.

No caso da Frozen Logic Studios, conta Boni, apenas três dos oito games produzidos dão bom retorno financeiro. "Mas temos oito jogos totalmente criados por nós"

COLABOROU BÁRBARA LIBÓRIO

 

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