Empresa usa lógica de sites de paquera para ajudar em contratações
DE SÃO PAULO
As empresas são constituídas por pessoas, então têm um jeito de ser. Por isso, a administradora Isabella de Arruda Botelho, 27, diz que faz sentido usar técnicas e tecnologias dos sites de paquera para tentar casar profissionais e companhias.
Botelho é uma das fundadoras do Pin People, um serviço que mapeia as características das pessoas e das empresas para indicar se elas combinam.
"Se um candidato é agressivo e gosta de resultado e encontra um ambiente mais colaborativo, familiar, vai ter dificuldades", afirma.
Karime Xavier/Folhapress | ||
Verônica Mussi (à esq.) e Isabella Botelho, sócias da Pin People |
Ao se cadastrar na plataforma, o internauta responde perguntas sobre o que mais valoriza no trabalho e se dá ênfase a aspectos como trabalho flexível.
Empresas costumam indicar a possibilidade de trabalhar em diferentes horários como um benefício, mas nem todo mundo quer isso, diz Botellho. "Tem gente que quer trabalhar das 9h às 18h."
Esses dados são cruzados com informações fornecidas por funcionários de cada companhia sobre o mesmo tema. O resultado é um índice de compatibilidade.
A empresa, que encerrou o período de testes em setembro, tem hoje dez empresas como clientes -corporações pequenas e médias, de até 350 funcionários.
São as companhias que vão pagar pelo serviço, por valores entre R$ 2.100 e R$ 30 mil por ano, dependendo do número de funcionários.
O site de relacionamentos eHarmony, que serviu de inspiração para o Pin People, pode se tornar um competidor. A companhia anunciou que pretende lançar neste mês uma versão para carreiras.
VISÃO DO ESPECIALISTA
Marcelo Nakagawa, diretor de empreendedorismo da Fiap
OS CLIENTES QUEREM
As empresas tendem a pagar pelo serviço por estarem perdidas com os jovens, que mudam muito de emprego
É DE VERDADE?
Os funcionários podem não dizer exatamente como é trabalhar na companhia, o que inviabiliza o teste
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