Publicidade
11/01/2015 - 02h00

Empresas brasileiras levam audiolivros para os smartphones

FILIPE OLIVEIRA
DE SÃO PAULO

Duas novas empresas querem tirar os livros em áudio das prateleiras escondidas das livrarias e colocá-los nos smartphones dos clientes. Elas criaram aplicativos de celular que permitem compra ou aluguel de livros falados.

Flávio Osso, 35, um dos fundadores da empresa Ubook, diz acreditar que os audiolivros ainda não emplacaram no país devido à falta de um meio confortável para ouvi-los em qualquer situação (como no ônibus).

Lançada há dois meses, a empresa oferece planos de assinatura que saem por cerca de R$ 20 por mês. Os sócios da empresa investiram R$ 1 milhão no negócio e atualmente têm 800 livros.

Segundo Osso, o serviço tem cerca de 210 mil assinantes. O livro mais tocado é "O Pequeno Príncipe".

Ricardo Camps, 26, diz que fundou a TocaLivros com o irmão Marcelo, 29, devido ao gosto que tinha pelos audiolivros. "Cheguei a ouvir 18 em um ano, todos em inglês."

Moacyr Lopes Junior/Folhapress
Os irmãos Ricardo (deitado) e Marcelo Camps, fundadores da empresa TocaLivros
Os irmãos Ricardo (deitado) e Marcelo Camps, fundadores da empresa TocaLivros

A companhia patrocina as gravações, feitas em parceria com seis estúdios. Camps conta que, em média, o custo para produzir cada obra é de R$ 5.000. É necessário vender mil deles para que o investimento se pague.

A TocaLivros recebeu investimento de R$ 800 mil.

Enquanto o mercado de audiolivros é incipiente no Brasil, ele é uma realidade nos EUA. Segundo pesquisa anual da Audio Publishers Association (associação das editoras de audiolivros nos EUA) publicada em 2014, foram lançados em 2013 35,7 mil livros em áudio, 120% a mais do que em 2012. A associação estima o faturamento do setor no varejo em US$ 1,3 bilhão (sem incluir downloads).

Em 2008 a Amazon comprou a empresa do setor Audible por US$ 300 milhões.

VISÃO DO ESPECIALISTA

SUSANNA FLORISSI, coordenadora da comissão do livro digital da Câmara Brasileira do Livro

A HORA E A VEZ
O avanço da tecnologia está diminuindo os custos de gravação e distribuição dos audiolivros, enquanto o trânsito e o tempo de ouvir livros está aumentando

CADÊ O "AUDIOLEITOR"?
Apesar de o brasileiro gostar de contar histórias, o audiolivro ainda não faz parte da cultura do país e é difícil garantir que isso vai mudar

 

Publicidade

 
Busca

Busque produtos e serviços


pesquisa

Publicidade

 

Publicidade

 

Publicidade
Publicidade

Publicidade


Pixel tag