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26/02/2015 - 13h59

Setor de franquias no Brasil perde ritmo, mas cresce 7,7% em 2014

FILIPE OLIVEIRA
DE SÃO PAULO

O setor de franquias registrou um crescimento de 7,7% em 2014 em seu faturamento, mobilizando R$ 127 bilhões. O resultado, apresentado nesta quinta-feira pela ABF (Associação brasileira de Franchising), indica uma diminuição do ritmo de crescimento em comparação a 2013 e 2012 quando o faturamento das franquias cresceu 11,9% e 16,2%.

Potencial de consumo e custo baixo atraem franquias para o interior

A desaceleração é em boa medida explicada pela estagnação da economia brasileira. Pesquisa Focus, realizada pelo Banco Central com economistas e instituições financeiras, apresentou expectativa de retração de 0,5% do PIB brasileiro em 2014. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, também já admite que o crescimento em 2014 "pode ter sido negativo".

O ano passado terminou com 125.641 unidades franqueadas de 2.942 marcas, registrando crescimento de 9,8% e 8,8% em relação ao ano anterior, respectivamente.

Segundo Ricardo Camargo, diretor executivo da ABF, as previsões eram mais pessimistas para o setor em 2014, mas as redes foram beneficiadas por eventos como a Copa do Mundo no Brasil.

Phillippe Huguen/AFP
Restaurante do McDonald's, uma das franquias mais rentáveis do mundo
Restaurante do McDonald's, uma das franquias mais rentáveis do mundo

Obras realizadas para o evento, como a ampliação do Aeroporto de Guarulhos, por exemplo, beneficiaram as redes.

Para este ano, a associação afirma esperar um crescimento no faturamento das redes entre 7% e 9% e um acréscimo de 8% ao número de marcas no mercado brasileiro.

Segundo Camargo, os principais desafios que as empresas do setor deverão enfrentar, além da estagnação da economia, estão os aumentos dos custos com água e energia e menores reajustes salariais no país, o que implica em maior dificuldade nas vendas.

POR SETOR

A maior parte do faturamento das redes é formado por empresas de alimentação, com 20,1%.

Taxa um pouco superior foi registrada pelo grupo classificado pela ABF como de negócios, serviços e outros varejos, que responde por 21% de participação. Homogêneo, o grupo inclui desde os Correios até os míni mercados e postos de gasolina que, por serem pouco representativos, não são agrupados em categoria própria.

O terceiro segmento mais representativo do sistema é o de esportes, saúde, beleza e lazer, com 18,3%.

O segmento de maior crescimento em 2014 foi o de comunicação, informática e eletrônicos, com alta de 27%. O setor foi puxado por agências digitais e redes que vendem produtos eletrônicos, como smartphones.

A seguir, o segmento de maior crescimento foi o de acessórios pessoais e calçados que cresceu 19% no ano passado.

 

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