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01/03/2015 - 01h32

Veja truques para conquistar parceiros americanos para sua start-up

DE SÃO PAULO

Quando foi aos Estados Unidos em busca de parcerias e investimentos para sua empresa, Amure Pinho, CEO da plataforma de gerenciamento de blogs Blogo, notou que tudo seria mais fácil se a start-up tivesse 'cara' de americana.

"Percebi logo de cara que existia uma barreira inicial para quem trazia uma ideia e não fosse americano. Para que a gente fosse aceito, a empresa tinha que ter a cara do Vale do Silício. Eu comecei a pesquisar e descobri o padrão das start-ups de aceleradoras americanas, observei em que redes sociais tinham perfis e como se comportavam", ele diz.

Divulgação
Amure Pinho, CEO do Blogo, ferramenta de gerenciamento de blogs
Amure Pinho, CEO do Blogo, ferramenta de gerenciamento de blogs

Truques para conquistar investidores e parceiros

PAREÇA SER DO VALE

Ninguém precisa ter uma empresa aberta nos Estados Unidos para fazer uma parceria, mas com isso você dá a impressão de que está ao lado deles, se mostra como um similar.

Você não precisa esconder que é do Brasil. Na hora certa, você mostra seu diferencial.

No Blogo, precisávamos mostrar que tínhamos uma localização, um endereço fiscal no Vale do Silício e resolvemos isso alugando um coworking.

Para ter um número de telefone americano, compramos um chip de celular de lá e usamos o serviço de número on-line do Skype, pelo qual podemos atender as ligações no computador ou nos aplicativos para tablets e smartphones.

O Rocket Lawyer é um serviço barato para abrir legalmente uma empresa por lá. Também usamos o serviço de fax on-line Hello Fax e o caixa postal eletrônica Virtual Post Mail, que recebe sua correspondência e a envia por e-mail.

Com tudo isso, passamos a imagem de que tínhamos uma empresa estabelecida no Vale do Silício.

STALKER DO BEM

Se a caixa de e-mails já é um problema em sua vida, imagine para um grande executivo. Há grandes chances de ele não ler ou não responder sua mensagem.

Para que um executivo de uma empresa com a qual você deseja fazer uma parceria conheça você e aceite ouvir sua proposta, crie pequenos vínculos. Vá a eventos em que essa pessoa vai estar, se apresente, dê um aperto de mão, elogie um aspecto de seu trabalho e troque cartões.

Se você não pode estar presente, use as redes sociais. Siga no Twitter, interaja com frequência, escreva posts em seu blog citando a empresa e divulgue nas redes marcando essa pessoa.

Alguns podem dizer que é "stalkear", mas para mim é uma estratégia para ser percebido. O cara vei perceber que você já apareceu para ele e terá uma "fagulha" de quem é você. Essa é a hora de pedir ou conseguir o e-mail e enviar uma mensagem.

O e-mail deve conter uma breve apresentação, um elogio, uma mensagem simples e relevante sobre sua empresa, o seu pedido e o que você tem a oferecer para ele.

Não escreva demais - no Brasil temos a sensação de que temos que explicar tudo. Lá, não. Se a pessoa não entender algo ela vai te perguntar. Seja objetivo e direto.

FAKE IT UNTIL YOU MAKE IT

Sua imagem institucional deve refletir o que você deseja para sua empresa em um futuro próximo.

Projete o uso de seu produto para a situação perfeita e usuário perfeito, como, por exemplo, usar imagens um jovem acessando seu aplicativo em uma linda casa de campo. Se seu objetivo é ser global, você pode criar seu site todo em inglês.

Identidade visual deve ser bonita, coesa e ter um padrão que seja usado em todos os materiais: produto, site, aplicativo, cartões de visita, logomarca. Isso dá a impressão de uma empresa global que tem um departamento cuidando apenas da imagem institucional da empresa.

As grandes empresas fazem isso. Sua empresa pode ainda não ser grande, mas você pode copiar as coisas boas. Isso tudo é criação digital, não custa tão caro.

COBRANDO DESDE O DIA 1

Cobrar desde o início é se colocar à prova. As pessoas vão perguntar por que pagariam pelo produto e você tem que convencê-las para ganhar usuários.

Se as pessoas estão pagando pelo seu produto, você descobriu seu modelo de negócios. Senão, você terá o desafio de aprender o jeito certo de vendê-lo ou adaptá-lo.

No Brasil não temos a mesma facilidade de investimento anjo que nos Estados Unidos. Lá eles conseguem US$ 700 mil e não precisam cobrar no início. Aqui, conseguimos R$ 100 mil que acabam em seis meses, então precisamos cobrar.

Quando você paga, há um valor monetário e um emocional. De graça, as pessoas aceitam tudo. O risco de ser gratuito é que as pessoas baixem e não usem. Mas lembre-se de que o preço é ajustável.

Mais importante que do que ficar muito tempo elaborando o conceito antes de lançar o produto ou cobrar por ele, é conseguir seus primeiros clientes ou usuários. São essas pessoas que vão te dar os feedbacks necessários para evoluir.

Colaborou Gabriela Stocco

 

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