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08/03/2015 - 02h00

Serviço oferece aluguel de eletrônicos e atrai diferentes perfis de clientes

DE SÃO PAULO

Hoje tablets e smartphones fazem parte da rotina de muitas pessoas e sua mobilidade facilita processos até mesmo em empresas. Quem precisa desses eletrônicos por alguns dias –ou por um período mais longo– pode recorrer a serviços de aluguel de equipamentos, como a Rent Mobile.

Fundada por Leonardo Miyamoto e Gustavo Henriques, a empresa disponibiliza tablets, smartphones, notebooks e totems para aluguel por diárias ou pacotes mensais. A empresa tem mais de 500 peças disponíveis, contando com cerca de 300 tablets e cem smartphones de marcas e modelos variados. Normalmente, a porcentagem de produtos locados gira entre 70% e 80%.

Raquel Cunha/Folhapress
Gustavo Henriques e Leonardo Miyamoto (à dir.) são próprietários da Rent Mobile, que aluga smartphones e tablets, entre outros
Gustavo Henriques e Leonardo Miyamoto (à dir.) são próprietários da Rent Mobile, que aluga smartphones e tablets, entre outros

O valor da diária de um tablet varia entre R$ 14,90 e R$ 12,90, mas nos contratos mensais ou em grande quantidade, o preço do equipamento por dia chega a cerca de R$ 6. É possível contratar ainda um seguro e internet 3G.

Segundo Leonardo Miyamoto, cerca de 60% do faturamento da empresa vem do aluguel de tablets, e 20%, da locação de smartphones.

Miyamoto afirma: "Também desenvolvemos softwares para os equipamentos locados, como um programa de cadastros para ser usado em uma feira, uma lista de convidados na porta de uma festa ou um cardápio para restaurantes".

Os clientes mais frequentes são organizadores de feiras de negócios e eventos em geral, que usam os produtos por um período curto, de alguns dias e, portanto, preferem alugar a comprar.

Porém, há também clientes na área da alimentação, como o restaurante Vila Kaluana, que fica em Barra Grande, na Península de Maraú, no sul da Bahia.

Nestor Maciel, 50, proprietário do local, conta que, em novembro, alugou para seu restaurante 36 tablets da Rent Mobile. A 4Tips, empresa em que Maciel é sócio, desenvolveu um software de atendimento de restaurantes para ser usado nos dispositivos móveis.

Quando o cliente chega ao restaurante, um funcionário faz pequena explicação sobre o funcionamento do sistema.

Na mesa, o cliente vê o cardápio no aparelho e clica para fazer os pedidos, que podem ser personalizados, como um suco sem açúcar ou uma pizza sem determinado ingrediente. O foco é que o sistema consiga registrar os pedidos de maneira personalizada, como faria um garçom, mas ainda é possível chamar um funcionário com um clique.

Os pedidos vão direto para computadores na cozinha e no bar. Quando os pratos ficam prontos, um funcionário os traz à mesa. O valor gasto pelos clientes até o momento fica disponível no sistema, e, para fechar a conta, basta clicar e o responsável pelo caixa vai até à mesa.

Maciel afirma: "Queria desenvolver um projeto que atendesse ao dono do restaurante e que se encaixasse em sua rotina."

Como em outros estabelecimentos de cidades litorâneas, no verão o movimento é forte e, no decorrer do ano, mais fraco. Assim, Maciel diz que contratava funcionários por três meses no início da estação.

Com os tablets, conseguiu reduzir o número de empregados de atendimento (garçom, gerente, limpador de mesas) de dez para cinco. Maciel afirma: "Tivemos uma economia de cerca de 40% e os clientes gostaram da novidade".

Como o movimento no local varia durante o ano, alugar os tablets ao invés de comprá-los é uma boa saída para não ficar com equipamentos ociosos na baixa temporada.

VISÃO DO ESPECIALISTA
Percival Maricato, presidente Abrasel-SP

Avanço inevitável
Sem dúvidas, a tecnologia acaba chegando aos restaurantes, estimulada pela evolução tecnológica ou por dificuldades em relação à mão de obra. O modelo traz economia, rapidez e evita mal entendidos ao enviar pedidos diretamente à cozinha

Tecnologia além da conta
Muitas vezes o cliente quer explicações sobre pratos ou detalhes e alguns são mais presos a um conceito romântico, tradicional, menos tecnológico de restaurante.
Pessoas com mais idade ou pouca intimidade com o aparelho podem ter dificuldade ao manuseá-lo.

Colaborou GABRIELA STOCCO, de São Paulo

 

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