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22/03/2015 - 01h05

Pequenas empresas investem em cápsulas de café

FELIPE GUTIERREZ
DE SÃO PAULO

A Kaffa é uma empresa portuguesa que coloca pó de café em cápsulas compatíveis com as máquinas Nespresso, da gigante multinacional Nestlé. Eles abriram uma unidade em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, em agosto do ano passado.

O diretor comercial Alexx Noga diz que em 2014 eles produziram 1 milhão de cápsulas de café. Para esse ano, a estimativa é de 24 milhões.

Pequenas e médias empresas de café estão começando a vender seu produto em cápsulas compatíveis com as das máquinas da Nespresso.

Elas são produtoras de café (ou seja, as próprias fazendas) ou torrefadoras (empresas que compram grãos, torram em um processo industrial e depois vendem).

"Temos cerca de 50 clientes que são empresas pequenas ou médias", diz Noga.

A Grenat, uma torrefadora de Brasília, é uma das que começaram a vender seu café embalado em cápsulas.

Davi Ribeiro/Folhapress
Marco Suplicy, dono do Café Suplicy, investe no mercado de cápsulas de café; ele vende a R$ 18,90 a dezena
Marco Suplicy, dono do Café Suplicy, investe no mercado de cápsulas de café; ele vende a R$ 18,90 a dezena

O dono, Marcos Sturba, 49, conta que fez um primeiro pedido de 10 mil cápsulas e já prevê uma segunda fornada de 20 mil unidades.

"Muitas outras marcas com um porte parecido com o nosso estão entrando [no ramo das cápsulas]", diz Sturba.

Ele afirma que vender café embalado dessa maneira é algo relativamente novo, que é bastante aceito e que "tomou conta do cotidiano das pessoas pela praticidade".

Uma saca de café, que é vendida pelo produtor por cerca de R$ 550, se decomposta e vendida em cápsulas, gera cerca de R$ 4.500. O custo de empacotar o pó na cápsula, no entanto, é mais alto do que vender em saca.

APOSTA

A operação para as pequenas empresas que querem vender seu café desse jeito funciona da seguinte forma: elas enviam os grãos para Ribeirão Preto, onde são transformados em pó e envasilhados nas cápsulas. Depois elas precisam pegar seu produto.

O gasto só com a cápsula, sem contar os custos do pó, da logística ou dos impostos, é de R$ 0,41, e elas são vendidas por cerca de R$ 1,80.

A estimativa é que haja mais de 1 milhão dessas máquinas no Brasil e que esse número deva aumentar.

"O mercado de dose única, como é chamado esse jeito de fazer café, vai crescer mais do que os outros", aposta Marco Suplicy, 54, dono da marca que leva seu sobrenome.

Hoje, as vendas de café em grãos representam cerca de 10% do faturamento das lojas da rede de Suplicy. Com as cápsulas, ele espera que esse percentual cresça para 25%. (FELIPE GUTIERREZ)

 

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