Brasileiro criador do Easy Taxi lança fábrica de start-ups
FILIPE OLIVEIRA
DE SÃO PAULO
Um "venture builder", espécie de fábrica de start-ups (empresas iniciantes de tecnologia) próprias, especializado em colocá-las no mercado, contratar executivos e buscar financiamento.
Esse é o novo negócio do fundador do Easy Taxi, Talis Gomes, 28, depois de anunciar em novembro de 2014 que deixaria o comando da companhia dona do aplicativo de chamada de táxis que está presente em 35 países.
A iniciativa, batizada de eGenius, tem como inspiração o modelo adotado pelo fundo de capital de risco que fez a maior parte dos investimentos na Easy Taxi, o alemão Rocket Internet.
A diferença, diz Gomes, é que eles vão desenvolver suas próprias ideias de negócio, enquanto o grupo estrangeiro geralmente copia modelos já existentes em outros países e contrata profissionais qualificados para tocar os projetos.
Junto a ele na nova companhia estão outros seis sócios, todos brasileiros, incluindo dois cofundadores do Easy Taxi.
Divulgação | ||
Equipe da eGenius, formada por, da esquerda para a direita, Alexandre Liuzzi, Vinicius Gracia, Fernando Saddi, Tallis Gomes, Fabio Arruda, Marcio William, Eduardo Küper e Rayssa Kullian. |
O primeiro projeto da eGenius foi lançado em fevereiro. Trata-se do Easy Carros, empresa que conecta donos de automóveis com profissionais autônomos que fazem lavagem automotiva a seco.
A meta da eGenius é lançar ao menos cinco empresas neste ano e, dentro de cinco anos, 15 companhias.
Gomes descreve suas áreas de interesse como O2O (on-line para o off-line) e "internet das coisas". Em comum, elas devem estar em mercados que funcionam de modo ineficiente (como o de táxis no passado) e que se beneficiariam de mais conveniência a partir do uso da rede.
Cada companhia receberá um investimento que será, necessariamente, de seis dígitos (o valor exato dependerá da necessidade de cada companhia). As start-ups devem ser lideradas inicialmente por sócios da eGenius e, conforme cresçam, a companhia deve buscar executivos e investidores para os projetos.
NA RUA
Entre os motivos que, segundo Gomes, o fizeram querer iniciar uma companhia neste modelo está o desejo de iniciar novos negócios simultaneamente, em vez de se dedicar a apenas uma companhia por muitos anos. São muitas as oportunidades no mercado e, caso ele se dedicasse a apenas um projeto por um longo período de tempo, como fez no passado, não poderia aproveitar todas elas, diz.
A rotina também ficou mais próxima a dos primeiros dias:
"Ontem de manhã estava na rua, cadastrando lavadores de carros, como fazia com taxistas quando comecei a Easy Taxi. Comecei dali e, em poucos anos, estava em reunião com o presidente do Banco Mundial para discutir questões de mobilidade urbana. Agradeço o reconhecimento que tive como gestor, mas nasci para empreender."
Segundo ele, a experiência acumulada o fez mais ágil para a nova fase: "Para a Easy Taxi, tive a ideia em junho de 2011 e lançamos o aplicativo em abril de 2012. O Easy Carro foi imaginado há um mês e lançado agora."
Apesar de ter deixado o dia-a-dia da companhia, Gomes ainda é acionista e faz parte do conselho de administração da empresa de táxis.
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