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22/03/2015 - 01h22

Empresa analisa comportamento para motivar economia de energia

FILIPE OLIVEIRA
DE SÃO PAULO

Atendimento personalizado, baseado em conhecimento de ciência comportamental e dos hábitos dos clientes.

A fórmula de sucesso, que poderia descrever a estratégia de inúmeras companhias, tem sido aplicada pela norte-americana Opower para melhorar a relação entre as distribuidoras de energia e quem paga a conta de luz.

A consequência é uma economia no consumo de energia -segundo a empresa, foram 6 terawatts-hora desde seu início, em 2007, suficiente para abastecer a cidade de Campinas (SP) por dois anos.

Divulgação
Alex Laskey, 39, fundador da empresa norte-americana Opower
Alex Laskey, 39, fundador da empresa norte-americana Opower

A companhia, que trabalha para as distribuidoras, combina informações sobre o uso em tempo real de energia de cada consumidor com dados como temperatura, umidade e horário.

Essas informações são analisadas por softwares que, então, enviam mensagens aos consumidores com dicas para economizar eletricidade, especialmente quando eles tendem a gastar mais.

A análise de dados permite ainda que as distribuidoras discriminem nas contas quanto foi gasto para cada função, como resfriamento da casa ou iluminação.

Hoje a empresa atende cerca de 100 distribuidoras e coleta dados de 55 milhões de consumidores em dez países. Em 2014, a empresa faturou US$ 128,4 milhões, 45% a mais do que em 2013.

Uma das formas de usar informação para incentivar economia é mostrar às pessoas o quanto seus vizinhos economizam, explica Alex Laskey, 39, um dos fundadores.

"Quando você quer fazer uma coisa e sua mãe diz não, você diz, 'mas a mãe do meu amigo deixa'. Quando o assunto é energia, em geral, não temos noção do que os outros estão fazendo e saber é muito motivador", diz Laskey.

Outro objetivo da empresa é fazer o consumidor médio deixar de se relacionar com a distribuidora apenas quando falta luz ou a conta está alta.

"Um presidente de uma distribuidora de energia comparou o setor ao de papéis higiênicos, porque as pessoas só o notam quando precisam do produto e ele não está lá. O que fazemos é ajudá-los a se engajarem de um modo positivo com o cliente."

Laskey esteve no Brasil neste mês para discutir a situação do setor com as concessionárias locais.

Para ele, a estratégia da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) de obrigar as distribuidoras de energia a veicularem propaganda para reduzir consumo ajuda em momentos de crise, mas é pouco eficiente.

"As empresas precisam conquistar confiança dos consumidores. E, no futuro, terão mudanças profundas em seus negócios, principalmente com a entrada de companhias especializadas em energia solar."

 

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