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22/03/2015 - 01h24

Apps de carona permitem checar motorista, afirma usuária

FILIPE OLIVEIRA
DE SÃO PAULO

A coordenadora de marketing Daiane Rocha, 23, precisou de muita conversa antes de fazer sua primeira viagem de carona agendada por aplicativo de celular.

Aplicativos transformam esquema informal de caronas em negócio

Primeiro com a menina que iria dirigir o carro, para ter certeza de que a viagem seria segura e, depois, com a mãe, que teve de ser convencida da mesma coisa.

Ela viajou de São Paulo até São Tomé das Letras (MG) no final do ano passado com outras três meninas que conheceu pela internet e mais uma amiga. Gastou R$ 100 pela viagem, feita ao som de música cubana, bem ao gosto da motorista.

Ela conta que já marcava caronas por grupos em redes sociais desde o começo de 2014 para ir de sua casa, em Carapicuíba (na Grande São Paulo) até a faculdade onde estudava, no Centro de São Paulo. Para ela, a possibilidade de ver recomendações de outros usuários é o ponto forte dos aplicativos.

"Antes pegava carona, mas tinha um pouco de medo, pois só podia ver o perfil no Facebook. Em aplicativos, é possível saber quantas caronas a outra pessoa deu e se foi bem avaliada."

Ela conta que acabou amiga das outras meninas e que pretende fazer uma nova viagem com o grupo. Ainda não sabe se usará o aplicativo: "Nos falamos no WhatsApp. Não sei se vamos precisar."

O engenheiro Diego Casella, 28, teve a carona como hábito de sua época da faculdade, que fez em Baurú (SP). Como viajava para São Paulo nos fins de semana, sempre buscava companhia, conta.

Hoje ele viaja a cada 15 dias para Rio Claro (SP), cidade em que seus pais moram e onde ele tem um comércio. A vantagem que aponta no aplicativo é que ele dá mais chances de encontrar companhia fora dos finais de semana, dias em que estudantes pouco viajam.

Ele conta que é seletivo na hora de escolher quem leva em seu carro: prefere andar com meninas e sempre visita o Facebook para se certificar de que poderá fazer uma viagem confortável.

Até agora, Casella rejeitou dois pedidos. Em um deles uma mulher queria carregar muita bagagem em um porta-malas que estaria sem espaço. Em outra, o candidato a acompanhante era obeso e, segundo Casella, tornaria a viagem desconfortável no carro quase cheio.

Uma viagem com ele para Rio Claro custa entre R$ 25 e R$ 30. No Carnaval, cada assento de seu carro para o Rio de Janeiro saiu por R$ 70.

 

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