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20/04/2015 - 19h29

Esqueça o happy hour no bar! A moda é levar seu cliente para suar na academia

DORENE INTERNICOLA
DA REUTERS

A prática de 'sweatworking' (trabalhar suando), em que reuniões com clientes são feitas durante caminhadas, corridas e até mesmo aulas de fitness, está deslocando os esforços de networking dos bares e restaurantes para academias de ginástica de luxo.

Uma aula de ioga ou spin substituiu o tradicional jogo de golfe que reunia parceiros de negócios da elite –de preferência seguida por um smoothie, no lugar do almoço regado a martínis.

"Sweatworking nasceu de um desejo de conectar com os clientes em um nível que não fosse tão focado em vendas", diz Sarah Siciliano, 32, executiva de propaganda que tem recebido seus clientes com sessões de ginástica. "Muito do trabalho de venda ainda gira em torno de uma bebida", pondera.

Siciliano, que trabalha em Nova York, costuma levar suas clientes, com idade entre 22 e 52 anos, para estúdios de dança, de ioga ou de spinning para desenvolver uma relação. "As pessoas gostam de acompanhar as tendências", diz a executiva, que organiza eventos de ginástica e networking.

Brendan Hoffman/The New York Times
Homem faz ginástica em academia de Washington; suar é uma forma de criar uma relação com o cliente
Homem faz ginástica em academia de Washington; suar é uma forma de criar uma relação com o cliente

"Eu me exercito todos os dias, então para mim é uma situação ganha-ganha", diz. "Se você pode garantir um cliente e fazer ginástica ao mesmo tempo, por que não?"

A prática de unir networking e suor começou no mundo da propaganda, mas já se espalhou para profissões mais conservadoras, como direito ou o setor bancário, segundo Alexia Brue, cofundadora da companhia de mídia de bem estar Well+Good.

"Agotra muitos clientes que entretêm pessoas de vários setores se mudaram para os estúdios boutique", diz. "Especialmente para aqueles com exercícios que não são super estranhos ou que fazem suar demais para fazê-lo com um cliente."

Gabby Etrog Cohen, vice-presidente de relações públicas da SoulCycle, uma rede de 39 estúdios de spinning, disse que nos últimos quatro anos o sweatworking se transformou em parte comum de seu trabalho.

"Nós recebemos gente de várias áreas, muitas do setor financeiro e de propaganda. Nós temos grupos que vêm todas as semanas", diz Cohen.

Parte do apelo, especula Cohen, está nas luzes discretas do estúdio. "Há algo sobre não querer suar diante de seus clientes. Nós pedalamos no escuro, então há um clima de anonimato."

Ao custo de US$ 35 por 45 minutos, o estúdio é uma alternativa à partida de golfe de quatro horas.

Cohen diz que o crescimento do "sweatworking" marca a distância cada vez maior do modo de vida inebriante e cheio de fumaça dos anos 60, como mostrado na série americana "Mad Men." "Nós pegamos a série e viramos de ponta cabeça", diz.

 

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