Empresas ajudam clientes na compra compartilhada de artigos de luxo

Ostentar uma Ferrari ou ter um avião, helicóptero ou iate pode ser menos exclusivo e um pouco mais acessível. Isso porque é possível adquirir apenas uma fração desses veículos de luxo.

A compra é feita a partir de um modelo de compartilhamento no qual uma empresa fica responsável por localizar os itens, organizar um grupo de compradores e definir as regras para o uso deles.

Na Clube de Valores, os itens podem ser divididos por até dez pessoas.

A empresa recebe 5% do valor da compra e 5% sobre uma taxa mensal paga para seguro e cuidados com os veículos (ela é responsável pela manutenção dos bens).

A companhia adota o modelo há quatro anos. Hoje são cerca de 3.000 cotistas, conta Marcio Rosa, diretor-executivo da empresa. O item que mais sai são carros Camaro.

Segundo ele, o modelo permite que os compradores diversifiquem suas experiências. "Tenho um cliente de 27 anos que tem participação em três Lamborghinis, em vez de [possuir] uma só dele."

	Ernesto Rodrigues/Folhapress
	Eduardo Djamdjian, diretor da One/4Club. Seus clientes dividem a compra de bens de luxo

Eduardo Djamdjian, 33, é diretor da One/4club, que faz a 'vaquinha' entre quatro donos. Ele diz que os clientes estão acostumados com itens de luxo e sabem que o investimento é alto para pouco uso.

Ele explica que a empresa organiza uma agenda para que os donos do veículo saibam antecipadamente quando podem usá-lo.

A One/4club cobra entre 1% e 2% do valor do bem e entre 5% e 10% mensal sobre a taxa de manutenção.

VISÃO DO ESPECIALISTA
Silvio Passarelli, diretor da Faculdade de Administração da FAAP

Barato...
Há demanda de clientes que desejam bens de difícil acesso e manutenção, como helicópteros e iates

sai caro?
Consumidor de luxo é exigente e não vai se contentar facilmente em ter de agendar o uso de sua Ferrari