Personal organizer pós-funeral ajuda clientes a se desfazerem de pertences
GABRIELA STOCCO
DE SÃO PAULO
Trabalhando há dois anos como "personal organizer", profissional que organiza casas e empresas, Elaine Yamaguchi, 39, passou a oferecer o serviço pós-funeral, em que ajuda o cliente a se desfazer dos pertences de um familiar que morreu.
Em geral, o serviço leva de dois a três dias, com seis horas diárias de arrumação. Uma hora de trabalho custa R$ 80, e o cliente só precisa participar das duas primeiras horas, quando há uma triagem do será descartado, doado ou guardado.
Jorge Araujo/Folhapress | ||
Elaine Yamaguchi (à esq.) e sua sócia Fabiana Braz prestam serviço de organização |
Em seguida, ela e sua sócia na empresa Amélie Personal Organizer, Fabiana Braz, 39, organizam o espaço e encaminham as doações para uma entidade beneficente.
Elas também orientam sobre quais documentos e contas no nome da pessoa que morreu devem ser guardados.
Yamaguchi explica que há uma "caixinha da emoção", para que as pessoas possam guardar objetos que trazem boas lembranças. "Mas aconselhamos que ela não fique muito à mostra na casa, para não dificultar ainda mais o luto", ela diz.
Ela afirma ser procurada por pessoas que não têm tempo ou espaço para fazer a arrumação. Já no serviço pós-funeral, os clientes relatam uma dificuldade emocional para realizar o processo sozinhos. "As pessoas choram e nos contam as histórias das peças, mas tentamos deixar o processo mais leve", diz.
José Luiz Cunha, da empresa OZ!, que treina personal organizers, afirma que o encontro brasileiro dos profissionais, que ocorreu nesse sábado, 13, teve mais de 700 inscrições, o dobro do ano passado.
VISÃO DO ESPECIALISTA
Alexandre Nakandakari, do Grupo Questão de Coaching
Conforto
O serviço é novo e há pouca concorrência. O cliente se beneficia do apoio emocional e da orientação prática
Tudo a seu tempo
O custo se soma aos gastos altos com o funeral. Contratar o serviço imediatamente pode atrapalhar o luto
Colaborou BRUNO FÁVERO
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