Nível de confiança de pequeno e médio empresário é o mais baixo já registrado
DE SÃO PAULO
A confiança do pequeno e médio empresário brasileiro na economia para o último trimestre do ano atingiu 55,1 pontos, uma queda de 3,9% em relação ao período anterior.
O nível é o mais baixo registrado no Índice de Confiança do Empresário de Pequenos e Médios Negócios no Brasil (IC-PMN), elaborado desde 2008 pelo Centro de Pesquisas em Estratégia do Insper, com apoio do Santander.
O setor de serviços passou o de comércio como o mais descrente na economia, atingindo seu menor nível histórico, com 52,7 pontos.
"Os setores não foram todos afetados ao mesmo tempo. A indústria já vinha sofrendo, quando o mercado de trabalho começou a piorar, foi a vez do comércio. Agora observamos a aceleração da queda do setor de serviços, cuja confiança caiu 8,9%. Esse quadro é a disseminação da crise: quanto mais ela dura, mais ela se alastra", diz o professor e pesquisador do Insper Gino Olivares.
Confiança do pequeno e médio empresário
A queda reflete a retração em todos os fatores que entram no cálculo do índice (economia, ramo, faturamento, lucro, empregados e investimento), sendo que lucro e faturamento sofreram as maiores baixas, de 6,3% e 5,8%, respectivamente.
Em termos regionais, os empresários do sudeste são os mais pessimistas com o final do ano: o índice de confiança é de 53,6 pontos, 7,2% menor em relação ao trimestre anterior.
VENDAS
Apesar da baixa confiança, 60,7% dos empreendedores esperam que as vendas aumentem no último trimestre do ano. Como o período costuma registrar um volume maior de vendas, em razão das festas de fim de ano, a expectativa é que ainda se comercialize mais do que no penúltimo trimestre, apesar do agravamento da crise, diz Olivares.
Mas, mesmo com o aumento das vendas, os empresários acreditam que terão faturamento e lucro menores. A hipótese de Olivares para explicar a contradição é que, com os custos em alta, e sem possibilidade de repassar o aumento no preço final para o consumidor, a expectativa dos negócios é ter uma margem de lucro menor.
A pesquisa foi feita com base na opinião de 1.280 pequenos e médios empresários de todo o país, que atuam nos três setores da economia. A margem de erro é de 1,4% para mais ou para menos.
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