Publicidade
04/10/2015 - 02h00

Negócio mais barato atrai pequeno investidor

FERNANDA PERRIN
DE SÃO PAULO

Apesar da retração econômica, o interesse em ser investidor-anjo, pessoa física que coloca capital próprio em negócios, cresce.

Segundo Camila Farani, vice-presidente da Gávea Angels, organização da categoria com sede no Rio de Janeiro, houve aumento de 30% no número de associados.

"É recessão, mas quando você tem possibilidade de ser sócio de um negócio investindo R$ 30 mil, R$ 40 mil?", diz.

Pesquisa divulgada em junho pela organização Anjos do Brasil em parceria com a Fundação Getúlio Vargas com 56 investidores brasileiros mostrou que 54% deles pretendem aumentar ou manter o investimento-anjo durante os próximos meses.

Leia também:
Start-ups enfrentam maior dificuldade para conseguir grandes investimentos

Segundo Farani, os novos interessados são, em sua maioria, executivos de grandes empresas que foram demitidos e buscam novas formas de usar seu patrimônio.

Humberto Matsuda, sócio da Performa Investimentos e conselheiro da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital, vê este movimento de forma diferente.

"As grandes empresas que sofrem com a crise demitem executivos. Em vez de dizer que você está desempregado, é mais bonito falar que você é investidor-anjo", afirma.

Segundo ele, o mesmo fenômeno aconteceu em 2008 e muitos daqueles que se diziam anjos nunca colocaram dinheiro em empresas, sendo apenas "mentores".

O número maior de anjos, de fato, não se traduz em aumento do volume de investimentos. O montante médio dos recursos aplicados diminuiu, segundo Farani, da Gávea Angels, também por conta do risco maior.

Cabe às start-ups mostrar que podem oferecer retorno maior do que opções mais conservadoras, como títulos do Tesouro, favorecidos por taxas de juros elevadas, diz Cassio Spina, presidente da Anjos do Brasil.

 

Publicidade

 
Busca

Busque produtos e serviços


pesquisa

Publicidade

 

Publicidade

 

Publicidade
Publicidade

Publicidade


Pixel tag