Para 34% dos brasileiros, serviços de assinatura não compensam gasto
DE SÃO PAULO
Cerca de um terço dos consumidores brasileiros olham com desconfiança para serviços de assinatura, como Netflix e Spotify. De acordo com a pesquisa "O Futuro do Pagamento Digital", esses brasileiros desconfiam do compromisso de pagamento mensal e acreditam que o produto não compensa o gasto fixo.
Para 43%, os serviços têm um custo-benefício ruim. O percentual é o mais alto entre os países que participaram do estudo (Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos, China, Índia e Japão).
Atualmente, o preço de uma assinatura do Netflix, para assistir a seriados e séries, gira entre R$ 19,90 e R$ 29,90 por mês. O Spotify cobra R$ 14,90 por mês para ter acesso total ao seu catálogo de músicas.
A pesquisa, realizada pela empresa de serviços de pagamento Worldpay, também mostrou que 62% dos brasileiros preferem pagar somente por aquilo que consomem, 42% temem que o pagamento mensal dificulte seu controle de gastos e 26% preocupam-se com a segurança de seus dados e informações pessoais quando contratam esse tipo de serviço.
Outro resultado que chamou a atenção dos pesquisadores foi a infidelidade dos brasileiros. Dos entrevistados que já haviam contratado um serviço de assinatura, 40% cancelaram menos de seis meses depois.
Isso não significa que o modelo de negócios não funcione no Brasil. "Os serviços de assinatura com certeza têm futuro aqui, mas desde que se aproximem da realidade que o consumidor procura, de mais transparência", diz Juan Pablo D'Antioquia, gerente geral para a América Latina da Worldpay. Os clientes querem entender exatamente pelo que estão pagando, afirma.
DÉBITO OU CRÉDITO
Um segundo levantamento feito pela Worldpay estima que o uso de cartões de crédito em pagamentos on-line passe de 74% em 2014 a 71% em 2019 na América Latina. No Brasil, 54% das compras virtuais são pagas com cartões. Uma segunda opção popular no país são os boletos bancários.
De acordo com a projeção feita pela pesquisa, métodos de pagamento como o PayPal (conhecidos como "e-wallets" ou "carteiras virtuais") vão superar compras em cartão de crédito no mercado global. Em 2019, 27% das transações serão pagas com e-wallets, contra 24% no cartão.
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