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03/01/2016 - 01h05

Evento com empresários do setor debate empreendedorismo na moda

PEDRO DINIZ
COLUNISTA DA FOLHA

Mais do que encontrar saídas para driblar a crise econômica, os empresários de moda devem repensar o formato de vendas das suas marcas para que seus produtos estejam alinhados com o que os consumidores desejam.

"Antes, quando se criava um negócio de moda, a ideia estava muito ligada a um desejo pessoal do empresário, que, por sua vez, esperava que o consumidor se identificasse com seus gostos. Isso está ultrapassado", diz a consultora Jussara Romão.

Marcus Leoni / Folhapress
SAO PAULO, SP, BRASIL, 21.12.15 16h. Jussara Romao trabalha com moda e quer levar o debate de como desenvolver o empreendedorismo no setor ao evento Fashion Tech Weekend. A partir da metodologia de Designing Thinking, Romao ira propor desafios aos empresarios e participantes para que, juntos, encontrem saidas inteligentes (e lucrativas) para as questoes. (Foto: Marcus Leoni / Folhapress, SUP-NEGOCIOS)
Jussara Romão, organizadora do Fashion Tech Weekend

"Queremos incentivar os empresários a entender quem é a pessoa para quem eles vendem, o que esse consumidor precisa e se há uma proposta real para aquele negócio", explica.
Essa e outras lições de negócios na moda Romão propõe discutir no evento Fashion Tech Weekend, a ser realizado entre os dias 10 e 12 de janeiro, durante as feiras Couro Moda e São Paulo Prêt-à-Porter, na capital paulista.

A partir da metodologia de "design thinking" -na qual os problemas são solucionados em conjunto, com diferentes pontos de vista dos participantes-, Romão irá propor desafios do setor aos empresários.

Na imersão de três dias, nove tutores ligados às áreas de moda, negócios e tecnologia da informação vão conduzir os trabalhos dos grupos.

Entre os professores estarão o gerente da área de moda do Mercado Livre, Mauro Lopes, e a especialista em produtos e negócios de moda, Taís Rissi.

Para Romão, quem está começando um negócio na moda não pode criá-lo com a ideia de ficar grande. "Em primeiro lugar, deve-se pensar na qualidade e o que aquele produto vai passar. Depois, como vai crescer."

CLASSE A E B

Exemplos dessa preocupação com qualidade e apresentação do produto são as marcas participantes do Bazar da Praça, evento que ocorre duas vezes ao ano em São Paulo e reúne pequenos produtores de peças de design e de moda artesanais.

Na 16ª edição, realizada no mês passado num casarão no alto de Pinheiros, 98 expositores exibiram produtos com preços entre R$ 20 e R$ 10 mil e que variavam de bloquinhos de papel a joias com pedras brasileiras.
Neste ano, segundo a organização, as marcas faturaram R$ 1 milhão nas duas edições do evento, que tiveram público de quase 6.500 pessoas.

"Ninguém procura mais esse tipo de evento se ele tiver cara de feirinha. Um negócio pequeno tem de passar a imagem de exclusividade", diz Fernanda Nogueira, sócia do bazar.

"Nossos clientes são das classes A e B, e prezam por esse momento do encontro com o produtor, algo impossível de acontecer em grandes centros comerciais."

A empresária, assim como a maioria dos donos das pequenas marcas que expõem no evento, não vieram do design de moda.

"Somos psicólogas por formação. Muitos dos microempresários do bazar são arquitetos, engenheiros, gente que via o negócio como hobby e encontrou uma nova forma de fazer dinheiro", diz Nogueira.

 

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