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24/01/2016 - 01h16

Medo de contágio pelo Aedes aegypti impulsiona negócios pelo Brasil

DIEGO IWATA LIMA
DE SÃO PAULO

A conhecida frase de que tudo na vida tem um lado positivo é o atual mantra de fabricantes, importadores e vendedores de telas de proteção contra mosquitos.

O surto de doenças como a dengue, a febre chikungunya e o vírus da zika, transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, está sendo benéfico para algumas empresas.

A Bioworld precisou aumentar em cerca de 40% a importação da linha de mosquiteiros portáteis Sectotent, fabricados na China, em relação ao ano passado.

"Pela nossa análise, os mosquiteiros, que antes eram itens sazonais do verão, devem ter boa saída ao longo de todo o ano", diz Felipe de Araújo Pereira, diretor de marketing da importadora.

Karime Xavier/Folhapress
SÃO PAULO / SÃO PAULO / BRASIL -22 /01/16 -10 :00h - Felipe de Araújo Pereira, Dir. Mkt da empresa Bioworld, que passou a vender grandes quantidades do mosquiteiro Sectotent por causa do Aedes Aegypti. ( Foto: Karime Xavier / Folhapress). ***EXCLUSIVO***MPME
O diretor da Bioworld, Felipe Pereira, em loja de São Paulo que vende seu mosquiteiro importado da China

O Sectotent existe na versão para camas de crianças (R$ 120) e também para a de adultos (R$ 218).

A Catumbi Telas, de São Paulo, viu crescer em 15% nos últimos dois meses a demanda por seus produtos específicos para proteção contra mosquitos, em comparação ao registrado há um ano.

O aumento de vendas gerou comemoração por parte da diretoria da empresa.

"Todas as nossas outra linhas, como os produtos para construção civil e agropecuária, por exemplo, registram queda em relação aos mesmos períodos do ano passado", afirma Walter Marques, gerente administrativo.

VARIEDADE

O metro de tela custa entre R$ 3 e R$ 4. Mas produtos prontos para instalação também fazem parte da linha da Catumbi. A cortina para portas (R$ 100), a porta de tela (R$ 330), e a tela com velcro para janela (R$ 60) são os maiores destaques de vendas até o momento.

Além do mosquito da dengue, as telas têm sido compradas para serem instaladas nos ralos de banheiros, com o objetivo de barrar a entrada de escorpiões.

A loja Leroy Merlin do Morumbi, zona oeste de São Paulo, bairro onde há infestação desse animal, é a unidade que registra o maior volume de vendas de telas e produtos de proteção similares.

Somados, escorpiões e Aedes aegypti contribuíram para que a rede varejista dobrasse o volume de vendas de produtos feitos de tela para restringir a circulação do aracnídeo e do mosquito.

Por meio de sua assessoria, a rede diz ter peças para garantir o abastecimento de produtos até o fim do verão.

Prevendo o aumento da demanda, a companhia reforçou seus estoques ao longo do último ano.

 

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