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13/03/2016 - 02h00

Start-up americana ajuda empreendedor estrangeiro a levar negócio para os EUA

MIKE ISAAC
DO "NEW YORK TIMES"

A Stripe, start-up de comércio eletrônico sediada em San Francisco (EUA), depende do sucesso de outras empresas para prosperar. Por isso, a companhia quer ajudar outras organizações a decolar.

Essa é a razão para a criação do Stripe Atlas, produto que a companhia revelou no Mobile World Congress, evento de telefonia móvel realizado em fevereiro, na Espanha.

O objetivo é facilitar a abertura de pequenas empresas nos Estados Unidos para empreendedores estrangeiros.

Joshua Bright/The New York Times
Patrick Collison, chief executive of the e-commerce start-up Stripe, in New York, Feb. 22, 2016. The company is launching a new product, Stripe Atlas, aimed at helping entrepreneurs from around the globe to set up small businesses in the U.S. (Joshua Bright/The New York Times)
Patrick Collison, presidente-executivo da Stripe, em Nova York (EUA)

Se tudo correr de acordo com o plano apresentado, o Atlas poderá permitir que fundadores de empresas sediadas em países como Brasil e África do Sul contornem alguns dos obstáculos burocráticos que muitas vezes prejudicam a construção de um novo negócio em território norte-americano.

PASSO A PASSO

O empresário interessado deve primeiro preencher um formulário para que a Stripe possa avaliar se ele é elegível para a migração.

Depois, a start-up cuidará de registrar a empresa como entidade de negócios no Estado do Delaware e de criar uma conta bancária local para o empreendedor.

O estrangeiro também recebe uma conta de comerciante na própria Stripe que permitirá que ele aceite pagamentos do mundo inteiro.

O público-alvo são todos os empreendedores de fora dos Estados Unidos que desejam acesso à estrutura bancária e aos serviços de negócios bem desenvolvidos que o país oferece.

A Stripe está interessada em atrair empreendedores da África, América Latina, Oriente Médio e partes da Ásia, entre outras regiões.

"A maior parte do crescimento virá desses mercados sub-atendidos, nos próximos dez anos", diz Patrick Collison, co-fundador e presidente-executivo da Stripe. "Isso inclui cerca de 6,2 bilhões de pessoas que ainda não atingimos, e não tentarmos fazê-lo representa a perda de uma imensa oportunidade", diz.

CONSULTORIA

Os empreendedores elegíveis também terão acesso a serviços básicos de consultoria legal e tributária, oferecidos por parceiros como a PricewaterhouseCoopers, e receberão crédito gratuito para operar seus negócios on-line na plataforma de hospedagem Amazon Web Services.

O Atlas já começou um teste para empresas convidadas. Os empreendedores podem se candidatar ao programa por meio da Stripe ou de 50 ou mais aceleradoras de empresas com as quais a companhia firmou parcerias em todo o mundo. O custo do serviço beta é de US$ 500.

O projeto é potencialmente lucrativo para a Stripe, que processa pagamentos digitais para pequenos e médios negócios. Mais empresas usando a Stripe significa um aumento no volume geral de pagamentos processados e, assim, mais comissão sobre cada transação realizada.

Para Dana Kather, 22, fundadora da Coterique, uma plataforma digital sediada no Cairo (Egito) para estilistas internacionais pouco conhecidos que desejem vender suas roupas on-line, trabalhar com a Atlas significará resolver um problema aparentemente simples: como pagar os estilistas afiliados à sua plataforma.

"No momento, tudo é feito manualmente", diz Khater. "Preciso ir ao banco, sacar dinheiro, depois ir a uma casa de câmbio e, em seguida, voltar ao banco para realizar uma transferência internacional. É um grande custo em termos de tempo e esforço."

Khater também economizará o custo de viajar aos Estados Unidos para estabelecer os serviços pessoalmente -o que em muitos casos requer mais de uma visita.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

 

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