Após cadela ter câncer duas vezes, casal cria empresa de ração caseira

Quando Nina, a labradora do casal Gabriel Grandberg, 34, e Thaís Bianchi, 34, foi diagnosticada com câncer pela segunda vez, eles decidiram investigar a incidência da doença em cães.

"Vimos que, depois que o uso da ração industrializada começou a se espalhar, a incidência foi maior, muito por conta dos aditivos químicos e matérias-primas que nem sempre são de boa qualidade", afirma Grandberg.

	Karime Xavier/Folhapress
	Gabriel Grandberg e a cadela Nina, na casa do empresário, em São Paulo

Eles resolveram, então, mudar a alimentação de Nina com a adoção de comida natural. "Desde 2012 ela melhorou e está com menos problemas de pele e queda de pelos", diz, atribuindo a mudança à nova ração.

O casal viu na experiência uma oportunidade. Com ajuda de um especialista em nutrição animal, eles testaram receitas para a Cozinha Canina, marca lançada no mercado em abril de 2015.

"Servimos a comida resfriada, não congelada. Hoje temos duas receitas, uma de carne e outra de frango, que também levam legumes", explica o empreendedor.

Para a fabricação, o casal montou uma cozinha industrial. O investimento inicial foi de R$ 40 mil.

Os clientes podem escolher entre pacotes avulsos, cujo preço varia de R$ 10 (450 g) a R$ 40 (1.600 g), pacotes semanais e mensais (a partir de R$ 60). A entrega da ração é feita por Grandberg.

O faturamento mensal é de R$ 10 mil, mas a meta é chegar aos R$ 30 mil em 2016.

Além disso, no final de abril a marca deve lançar mais três receitas: duas especiais para cachorros com obesidade e uma especial para cachorros com diabetes.

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VISÃO DO ESPECIALISTA

Ponto forte: Tendência
O consumidor está mais disposto a gastar com produtos e serviços voltados para a saúde do seu animal.

Ponto fraco: Desconhecimento
Por ser um alimento novo, o cão deve ser acompanhado por um veterinário antes de adotar essa dieta.