Publicidade
27/03/2016 - 02h00

Start-ups usam inteligência artificial em novos negócios

STEVE LOHR
DO "NEW YORK TIMES"

Ferramentas de computação na nuvem, volumes imensos de dados e softwares para aprendizado mecânico transformaram a inteligência artificial em um negócio acessível a pequenas empresas.

Na start-up Enlitic, de San Francisco, o fundador Jeremy Howard diz acreditar que pode transformar a enorme indústria de saúde.

Ele oferece um software de inteligência artificial para melhorar a capacidade de leitura dos exames radiológicos, em busca de indícios de tecido anormal no corpo.

Jason Henry/The New York Times
Empresário Jeremy Howard, fundador da Enlitic
Empresário Jeremy Howard, fundador da Enlitic

A empresa testou seu produto em uma base de dados com 6.000 diagnósticos de câncer de pulmão, tanto positivos como negativos. O resultado foi 50% mais preciso do que a leitura feita pelos radiologistas humanos.
"Você tem que levar a tecnologia que funciona e aplicá-la a um problema conhecido", disse Howard. "A inovação por si só é um erro."

Na Narrative Science, sediada em Chicago, nos EUA, um software interpreta números e estatísticas e os transforma em narrativas. Uma espécie de jornalista virtual.

A companhia começou em 2010 escrevendo textos curtos para clientes como o site da "Big Ten", uma divisão de esportes universitários.

Hoje, tem 70 clientes, entre eles Credit Suisse e Deloitte, que usam o software da Narrative Science para gerar relatórios que explicam investimentos e estatísticas do mercado financeiro.

"No começo, não usávamos o termo inteligência artificial porque estava em baixa", diz Kris Hammond, pesquisador da área e fundador da Narrative Science.

Hoje, o campo avançou de tal forma que permite transformar projetos em produtos vendáveis em curto prazo.

"Grandes empresas como o Google podem fazer investimentos em inteligência artificial com horizonte de dez anos, mas uma empresa iniciante precisa lançar um produto em um ano ou dois", disse Chris Dixon, sócio do fundo Andreessen Horowitz.

A MetaMind, sediada em Palo Alto, Califórnia, surgiu das pesquisas sobre inteligência artificial conduzidas na Universidade Stanford por seu fundador, Richard Socher, e colegas.

A ideia, diz Socher, é criar tecnologia que seja "amplamente aplicável e capaz de resolver muitos problemas diferentes". Na prática, eles querem flexibilidade para guiar sua produção pela demanda. "Tudo depende do mercado", diz o empresário.

Por enquanto, eles oferecem um software de aprendizado profundo para digitalizar imagens médicas, como um sistema automatizado de assistência a radiologistas.

Ele é usado em prontos-socorros, em parceria com a vRad, uma companhia de telerradiologia, para digitalizar milhares de imagens ao dia.

Tradução PAULO MIGLIACCI

 

Publicidade

 
Busca

Busque produtos e serviços


pesquisa
Edição impressa

Publicidade

 

Publicidade

 

Publicidade
Publicidade

Publicidade


Pixel tag