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17/04/2016 - 02h00

Plataforma une pequenas empresas a 'youtubers'

EILENE ZIMMERMAN
Do "New York Times"

Os influenciadores do YouTube são alvo de desejo dos empreendedores. Um vídeo em que digam que uma marca é bacana pode fazer o tráfego de um site ou loja disparar, transformando produtos em sucessos instantâneos.

Mas esses artistas podem ser difíceis de encontrar no caso de pequenas empresas em busca de reconhecimento na internet.

Foi o caso de Aihui Ong, fundadora da Love With Food, de salgadinhos saudáveis por assinatura.

Ben Sklar - 17.nov.2015/The New York Times
Loey Lane, who gained an audience on YouTube doing fashion and accessory reviews, and eventually earned enough to start her own plus-sized line of clothes, at home in Harker Heights, Texas, Nov. 17, 2015. Lane and many other small online influencers are using FameBit, a self-service, online marketplace start-up where brands and YouTube influencers can connect. (Ben Sklar/The New York Times) ORG XMIT: XNYT112 ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
A empresária e 'youtuber' Loey Lane, em Harker Heghts, no Texas**

Ong percebeu que alguns compradores chegavam ao seu site via YouTube, por conta de vídeos feitos por consumidores dos salgadinhos.

Mas como ampliar a escala desse fenômeno? Ela buscou a plataforma FameBit, que une marcas e "youtubers" - especialmente os menos conhecidos.

Ong começou a usar a plataforma um ano atrás. Desde então, a Love With Food viu as vendas subirem em 15% e o custo de aquisição de consumidores cair em 30%.

A FameBit foi fundada por uma dupla de amigos de colégio -o presidente-executivo, David Kierzkowski, e a vice-presidente de operações, Agnes Kozera.

A empresa tenta aproveitar o rápido crescimento do marketing de influência, no qual criadores de vídeo no YouTube falam sobre produtos ou serviços.

Na FameBit, pequenas empresas podem anunciar, gratuitamente, oportunidades a influenciadores com ao menos 5.000 assinantes no YouTube, Instagram, Vine, Twitter ou Facebook.

A maioria das marcas paga entre US$ 500 e US$ 2.000 para que as celebridades on-line falem de seu produto.

Mais de 23 mil influenciadores usam a plataforma, segundo Kozera. Entre as 3.600 marcas estão de pequenas start-ups como a Dollar Shave Club a nomes muito maiores, como Adidas e L'Oreal.
Quando o contrato é fechado, a FameBit recebe comissão de 10% dos dois lados.

A empresa fatura US$ 1 milhão por mês, segundo os seus proprietários.

DICA DE AMIGO

Esses "youtubers" costumam falar unicamente de uma área, seja beleza ou jogos, diferentemente das grandes celebridades que patrocinam dezenas de produtos de setores diferentes.

Isso faz com que eles sejam vistos pelos consumidores como especialistas, diz Coltrane Curtis, da agência de marketing Team Epiphany.

Muitas vezes, a recomendação de um influenciador é vista como a de um amigo ou parente, e mais de 80% dos consumidores confiam nesse tipo de indicação, de acordo com pesquisa da Nielsen.

"Quando você recorre a um influenciador para comercializar seu produto, conquista uma audiência formada por seus fãs", diz Paul Verna, da eMarketer, companhia de pesquisa de mercado.

A popularidade dessa ferramenta é estimulada ainda pelo crescimento no uso de bloqueadores de anúncios, especialmente em celulares.

O bloqueio cresceu quase 50% de junho de 2014 a junho de 2015, de acordo com um relatório da Adobe e da PageFair, empresa que rastreia o uso desses sistemas.

"Esse tipo de endosso via vídeo permite que as marcas continuem a difundir sua mensagem", explica Verna, da eMarketer.

Loey Lane produz vídeos sobre beleza e moda. Quando criou seu canal, ela recebia cerca de 5% de seu faturamento da integração de marcas aos seus vídeos. O restante vinha dos comerciais veiculados pelo YouTube.

Hoje, a receita vinda dos patrocínios chega a 50%. Ela chega a ganhar mais de US$ 10 mil por mês, dependendo da época do ano.

Lane viu ainda seu nicho de seguidores subir de 20 mil para 600 mil durante o ano em que está no FameBit.

Para escolher quem endossa, ela diz ser rigorosa. "Só trabalho com aqueles de que realmente gosto. De outra forma, isso poderia afetar minha credibilidade e a da marca."

Tradução de PAULO MIGLIACCI

 

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