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22/05/2016 - 02h00

Empresária junta R$ 1 mi em 30 anos para abrir centro esportivo

ANNA RANGEL
DE SÃO PAULO

Descansar depois da aposentadoria não estava nos planos da auditora contábil Prazeres Augusta Pereira de Souza, 60. Depois de deixar a função, em 2007, ela investiu em um centro esportivo na zona leste de São Paulo.

"Quando chegou a hora de me aposentar, eu não queria parar. Ainda tinha muito pique para criar algo novo", explica a empresária.
Depois de economizar parte do salário todos os meses durante mais de 30 anos, resgatou "as economias de uma vida inteira", segundo ela, para abrir a Escola de Esportes Conviver, que fica no bairro da Penha.

Para fazer crescer o montante, Souza usou a poupança. "De vez em quando, por causa de um gerente mais desesperado, aplicava num CDB" (Certificado de Depósito Bancário), afirma. "Mas eu não gostava e logo tirava".

O investimento total está avaliado em cerca de R$ 1 milhão, mas Souza está longe de ser uma milionária. "Tudo que eu tenho está enterrado no centro, não é dinheiro parado na conta", diz.

Foto:Fabio Braga/Folhapress
SAO PAULO, SP, BRASIL, 18-05-2016: Em vez de aproveitar a aposentaria para descansar, a empresaria Prazeres Augusta Pereira de Souza, 60, resolveu empreender. Para isso, economizou 60% do salario que ganhava como servidora publica todos os meses, durante 30 anos, para juntar o capital e abrir um negocio. Ela se aposentou em 2007 com um saldo na sua caderneta de poupanca de R$ 1 milhao. Em 2010, fundou a Escola de Esportes Conviver, no bairro da Penha, na zona leste da capital. Hoje fatura R$ 816 mil por ano (10% desse valor, ou seja, R$ 81.600, e o lucro do negócio). (Foto:Fabio Braga/Folhapress, CARREIRAS).
A empresária Prazeres de Souza, 60, economizou parte do salário por 30 anos para abrir escola de esportes

O valor foi empregado na compra do terreno e de materiais de construção e na contratação de mão de obra para levantar a escola.

"Foram três anos de obras, nos quais tudo que entrava, ia para pagar a construção", explica a empresária. "A gente brinca que o que eu recebia e sobrava virava tijolo."

Para este ano, o faturamento esperado é de R$ 820 mil. Como o custo de manutenção da estrutura do centro é alto, a margem de lucro gira em torno de 10% (ou R$ 85 mil, segundo a projeção para este ano).

A ideia de criar um centro com foco em crianças veio depois de levar o filho, hoje com 19 anos, para competições esportivas em locais em péssimo estado. "Eram lugares deprimentes, mal cuidados. Pensava: 'Podia ter um lugar bonito, onde uma mãe e uma avó pudessem ir'", explica a empresária.

Entre a ideia e a inauguração do local, foram cerca de oito anos. A escola Conviver foi aberta em 2010.

As principais aulas do centro, com cerca de 420 alunos, são natação e futebol de salão. Há também cursos de circo, balé e ginástica.

A pedido dos pais, foram criadas aulas de hidroginástica, dança e vôlei para adultos. As mensalidades ficam entre R$ 120 e R$ 130.

A empresária planeja expandir as operações em condomínios residenciais, com aulas para os moradores.

 

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