Start-up cria software de gestão de hospitais com método industrial
ANNA RANGEL
DE SÃO PAULO
Uma ferramenta que monitora leitos de hospitais e "avisa" quando o paciente já está internado há mais tempo do que deveria, de acordo com o diagnóstico.
Essa foi a ideia dos engenheiros Paulo Pequeno, 30, Luiza Ribeiro, 33, e do administrador Bruno Milanello, 37, ao tentar encontrar uma solução para entrar no mercado de start-ups.
A inspiração para o Mais Leitos veio de um método japonês, o Kanban, criado pela Toyota, que identifica gargalos na cadeia de produção da indústria.
Na ficha do paciente, é incluída a média de dias de internação naquele setor do hospital e por diagnóstico. Quando a estadia se aproxima à média, o leito recebe o sinal amarelo. Se ultrapassar, o sinal fica vermelho.
Diego Padgurschi/Folhapress | ||
Bruno Milanello, sócio da empresa Mais Leitos |
"Antes, esse controle era feito manualmente. O residente ficava destacado para preencher um quadro com essas informações, que se perdiam após a troca de turno", diz Paulo Pequeno.
O software pode ajudar a identificar, por exemplo, uma demanda adicional de pneumologistas por causa do frio, baseado no número de leitos ocupados por pacientes com doenças respiratórias.
Com a ajuda do programa de gestão, é possível identificar quais são os problemas para fazer com que o fluxo dos leitos seja mais rápido. "Já vimos casos em que era mais barato mandar o paciente para fazer o exame em uma unidade privada do que manter o leito parado", afirma o empresário.
O serviço é oferecido em planos, que custam, em média, R$ 7 diários por cada leito hospitalar monitorado.
A empresa não revela o faturamento, mas planeja expandir sua atuação de 5 hospitais para ao menos 50 até o fim de 2017.
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