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19/06/2016 - 02h00

Empresário cria sistema que é 'Big Brother' estratégico para lojistas

DIEGO IWATA LIMA
DE SÃO PAULO

Quando você entrar em uma loja, em poucos segundos, todos os vendedores vão receber um pequeno perfil de suas preferências nos smartphones, os locais que você costuma frequentar, o tipo de compra que você costuma fazer. E, talvez, até mesmo dados de sua saúde financeira.

Tudo isso só não é possível ainda por questões de legislação. Mas a tecnologia desenvolvida pela Gigatron Franchising já está pronta para uso, afirma Marcelo Guimarães, CEO da rede.

Guimarães esteve nos Estados Unidos conversando com as gigantes das redes sociais para desenvolver parcerias que permitam cruzar a tecnologia de reconhecimento facial criada por ele com outros bancos de dados, e gerar tais perfis para uso nas empresas de varejo e de serviços do Brasil.

"A questão é definir os limites legais do que pode ser feito, e nosso departamento jurídico está trabalhando para entender isso, já que a legislação sobre a questão é nebulosa", diz Guimarães.

Divulgação
Marcelo Salomão Guimaraes, da Gigatron Franchising Credito: Divulgacao ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Marcelo Salomão Guimaraes, da Gigatron Franchising

Via de regra, todo dado disponibilizado pelo próprio usuário, de maneira voluntária, na internet, é público. O estatuto do Facebook, que todos aceitam ao criar perfis, deixa isso claro. Assim, cruzar bancos de dados e vender um serviço que os aglutine não é ilegal, diz ele.

A ideia da Gigatron com a tecnologia é permitir que varejistas façam ofertas customizadas para os clientes de pontos de venda físicos, do mesmo modo que já ocorre nas lojas virtuais.

A empresa também acredita que possa ajudar donos de shopping centers, por exemplo, a definir o perfil e comportamento do público que frequenta os estabelecimentos, de modo a usar essas informações estrategicamente.

Quanto ao cruzamento desses perfis com bancos de dados de empresas, como a Serasa Experian e a SCPC Boa Vista, por exemplo, Guimarães sabe que a complicação é maior, mas acredita que isso virá a ser possível.

Hoje, a empresa já comercializa a franquia "Bom Credor", que permite saber, por meio de CPF, se o cliente possui dívidas no mercado.

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VISÃO DO ESPECIALISTA
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